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Negócios

Aplicativo aposta no delivery de refeições para atrair consumidores

Restaurantes buscam na parceria recuperar a receita perdida com a crise econômica

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Aplicativo aposta no delivery de refeições para atrair consumidores

Também existe a vontade de expandir a operação para fora do País, diz o fundador e CEO do iFood, Felipe Fioravante (foto).
(Arte/TUTU)

O iFood, primeiro aplicativo nacional de delivery para celular, em apenas cinco anos, comprou uma dezena de empresas e se tornou líder no segmento. Hoje, conta com 300 funcionários em três unidades – Jundiaí, Campinas e São Paulo – e realiza entregas em cerca de 80 cidades no País.

Entre os desafios enfrentados atualmente, está fazer com que a entrega seja mais rápida e mais controlada. Foi o que motivou a compra de uma empresa de tecnologia norte-americana, que possuía um bom sistema de gestão de frota. “Queremos oferecer essa infraestrutura para todos os nossos restaurantes parceiros, porque é a parte do negócio em que há mais falhas e em que eles mais sofrem, inclusive com custos”, ressalta o fundador e CEO do iFood, Felipe Fioravante.

Crise econômica
Para ele, as crises têm um lado bom para os negócios, porque as pessoas mudam o comportamento para ajustar o orçamento. Com a queda no consumo de refeições em restaurantes, o delivery vira uma oportunidade de recuperar a receita perdida. “Dessa forma, muitos estabelecimentos têm entrado no iFood buscando esse faturamento extra. E realmente conseguem um aumento médio de 20% rapidamente, logo no primeiro mês”, destaca.

No último mês de maio, foram 1,7 milhão de pedidos distribuídos entre 10 mil restaurantes. Em novembro de 2015 o número de pedidos alcançava 1 milhão – um crescimento de 70% em seis meses.

Como o aplicativo tem um ranking que mede a reputação dos estabelecimentos – conforme avaliação dos próprios consumidores – eles estão sempre interessados em evitar reclamações dos clientes. “O delivery é uma operação complicada e não é em cem por cento das vezes que se entrega um bom serviço, mas quando os restaurantes têm algum problema, entram em contato. Eles têm essa preocupação”, frisa.

Histórico
Fioravante conta que para começar a empresa recebeu dois aportes de capital. O primeiro foi de 2011 a 2012, quando ocorreram a maioria dos erros. “O fim de 2012 foi bem difícil. Nós reduzimos muito a equipe, mas os tropeços foram muito importantes como experiência. Em 2013, com o investimento da Movile [empresa de conteúdo e serviços pelo celular que investiu R$ 5,5 milhões no iFood], estávamos bem mais preparados. E esses outros três anos foram muito bons”, relata.

A primeira aquisição de outra companhia ocorreu em 2013, com a tese de que só assim conseguiriam expandir o negócio. “Era preciso investir regionalmente. Quem começa antes tem uma vantagem grande nisso”, aponta Fioravante, destacando que juntar empresas não é fácil, principalmente no que diz respeito à tecnologia. Por outro lado, as aquisições trouxeram bons profissionais, agregando a experiência de quem já empreendia no segmento.

Futuro
Os planos para o futuro incluem a criação de uma versão premium para alta gastronomia e o acompanhamento, em tempo real, de todas as etapas do pedido pelo próprio aplicativo. Também existe a vontade de expandir a operação para fora do País, visando diversificar a receita, o que deve ocorrer nos próximos meses – seja por meio de parcerias, compras ou começando do zero. “O próximo passo é a América Latina”, conclui Fioravante.

Clique aqui para ver a matéria completa publicada na Revista C&S.

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