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Imprensa

Após cinco altas consecutivas, confiança do consumidor de São Paulo recua 4,1% em março

Segundo a FecomercioSP, queda já era esperada dado que os efeitos positivos do 13° salário e do reajuste do salário mínimo sobre a confiança se dissipam em março

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São Paulo, 27 de março de 2018 – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo recuou 4,1% em março, ao passar de 120,6 pontos em fevereiro para 115,6 pontos. A queda interrompe uma sequência de cinco altas consecutivas. No comparativo anual, porém, o ICC registrou elevação de 5,7%.

O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Os dois componentes do indicador também apresentaram queda na passagem de fevereiro para março. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) recuou 7,1%, passando de 99,1 para 92,1 pontos. Em relação a março de 2017, porém, o indicador registrou alta de 37,9%. O Índice das Expectativas do Consumidor (IEC) caiu 2,6%, ao passar de 134,9 pontos em fevereiro para 131,3 pontos em março. No comparativo interanual, o índice registrou queda de 4,7%.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, nos dois primeiros meses do ano a confiança dos consumidores, em geral, reflete os efeitos positivos dos recursos do décimo terceiro salário e do reajuste do salário mínimo. No entanto, esses fatores se dissipam em março, o que motiva essa retração do indicador.

Gênero e renda
No resultado apurado pelo ICEA, todos os quesitos registraram queda na passagem de fevereiro para março com destaque para os consumidores com idade superior a 35 anos. Nessa faixa, registrou-se um recuo de 13,7%, ao passar de 91,6 pontos em fevereiro para 79,1 pontos em março. O grupo feminino registrou retração de 11,8%, passando de 98,1 pontos em fevereiro para 86,5 pontos em março.

Em relação ao IEC, os destaques ficam por conta dos consumidores com rendimentos acima de dez salários mínimos, o único grupo com variação positiva na comparação mensal: alta de 1,8%, ao passar de 148,2 pontos em fevereiro para 150,8 pontos em março.

Por outro lado, as expectativas do grupo com renda inferior a dez salários mínimos exibiram queda de 5%, ao passar de 128,6 pontos em fevereiro para 122,2 pontos em março.

No recorte por idade, tanto a avaliação do grupo de consumidores com menos de 35 anos quanto a daqueles com 35 anos ou mais apresentaram recuo. No primeiro grupo, a retração foi de 0,1% – de 134,2 pontos em fevereiro para 134 no mês subsequente. No segundo grupo, a pontuação caiu de 136 para 126,9 pontos no mesmo período, com variação negativa de 6,7%.

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, a tendência é que a confiança do consumidor volte a subir nos próximos meses, uma vez que a maioria dos indicadores – principalmente emprego e renda – vêm apresentando melhoras.

Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados junto a cerca de 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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