Negócios
12/06/2020Após digitalização, comércio precisa de dinheiro para folha de pagamento e para capital de giro
Avaliação é de Augusto Lins, presidente da Stone Pagamentos; ouça
A pandemia também fez a Stone expandir a atuação da própria empresa e criar uma linha de microcrédito
(Arte: TUTU)
Depois de passar por uma digitalização forçada, o comércio precisa de dinheiro para a folha de pagamento e para ter capital de giro nesse momento de reabertura gradual das lojas físicas. Essa é a visão do presidente da Stone Pagamentos, Augusto Lins, entrevistado do mais novo episódio da série Mercado & Perspectivas, uma iniciativa da FecomercioSP.
Na conversa, ele lembra que a pandemia e o consequente fechamento das lojas impactaram, principalmente, aquelas empresas despreparadas que desconheciam as plataformas digitais. Mesmo frágeis, elas tiveram de se reformular.
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Apesar da mudança drástica, Lins diz que, se por um lado, as empresas tiveram de se digitalizar de forma forçada por causa do fechamento das lojas físicas, por outro, o consumidor teve a oportunidade de experimentar as vantagens de comprar no e-commerce.
“O consumidor foi para o comércio digital e pôde experimentar outro tipo de conveniência, diferente do anterior de se dirigir até um local, procurar vaga para estacionar e depois ter contato com o produto. Se ele tinha alguma restrição com o comércio eletrônico – como a preocupação com a segurança no ambiente online – está aprendendo sobre os benefícios desse modelo”, afirma Lins.
Microcrédito
A pandemia também fez a Stone expandir a atuação da própria empresa e, para ajudar na obtenção de crédito a empresas, disponibilizou R$ 100 milhões em microcrédito aos clientes dos Estados que tiveram de fechar as portas durante a pandemia do coronavírus.
“Os programas de crédito do governo não atingiram o objetivo plenamente porque a sua chegada está lenta por causa das restrições, há problemas na oferta e baixo apetite das organizações que estão com medo de se endividar. Diante disso tudo, percebemos que as empresas precisam de uma plataforma de serviços financeiros”, diz Lins.
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