Economia
09/02/2018Após dois anos de queda, faturamento do setor de serviços paulistano volta a crescer e atinge R$ 287,7 bilhões em 2017
Segundo pesquisa da FecomercioSP, receitas subiram 6,1%, alcançando o segundo maior montante anual desde 2010
As atividades que tiveram destaque foram agenciamento, corretagem e intermediação, saúde e serviços bancários, financeiros e securitários
(Arte: TUTU)
Em dezembro de 2017, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo registrou alta de 8,7% em relação ao mesmo mês de 2016, atingindo R$ 25,3 bilhões. É a maior cifra para o mês desde o início da série histórica da pesquisa, em 2010.
O resultado apurado em dezembro consolida o processo de recuperação do setor de serviços paulistano após dois anos de desempenhos negativos, quando em 2015 e 2016 o faturamento recuou 2,8% e 3,4%, respectivamente. No ano de 2017, as receitas do setor cresceram 6,1%, em termos reais, atingindo R$ 287,7 bilhões, o segundo maior montante anual desde 2010, inferior apenas ao volume de vendas de 2014 (R$ 288,9 bilhões).
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Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda. A cidade São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.
Das 13 atividades pesquisadas, sete registraram crescimento no faturamento em 2017 na comparação com o ano anterior, com destaques para agenciamento, corretagem e intermediação (21,2%); saúde (18,2%); e serviços bancários, financeiros e securitários (11%), que, juntas, colaboraram com 5,1 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.
Por outro lado, as receitas dos serviços de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados e de trabalhos técnico-científicos recuaram 13,6% e 10,3%, respectivamente e, juntos, impactaram negativamente o resultado geral em 0,7 p.p.
De acordo com a assessoria da FecomercioSP, a conjuntura de inflação mais baixa, juros em queda, confiança em recuperação e início de retração da taxa de desemprego - além da injeção de recursos do FGTS de contas inativas - contribuiu para o bom desempenho do setor ao longo do ano.
Para a Federação, mantendo-se as condições atuais, a expectativa é de que setor continue a registrar crescimento em 2018. Entretanto, a Entidade ressalta que o País precisa concretizar as suas reformas estruturais (previdenciária e tributária) e reduzir o tamanho do Estado para que a economia possa voltar a crescer de forma sustentável, gerando emprego e renda e elevando a capacidade de investir das empresas.
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