Editorial
04/02/2022As boas notícias do e-commerce em 2021
No caso dos duráveis, cujo crescimento será de expressivos 46%, o impacto principal vem da mudança dos hábitos
Em 2022, o crescimento deve ser menor por causa do cenário marcado pela inflação e juros altos
(Arte: TUTU)
Por Kelly Carvalho*
Impulsionado, principalmente, pela demanda de bens duráveis - mas também pelo sucesso do modelo 020 (Online to Offline), que deu a tônica do comércio em meio à pandemia o e-commerce deve dar uma das melhores notícias de 2021 para a economia. projeção da FecomercioSP, com base nos dados da parceria com a Ebit/Nielsen, é que o setor tenha alta de 39% no faturamento em relação a 2020, ano marcado pelo bom desempenho nas vendas.
No caso dos duráveis, cujo crescimento será de expressivos 46%, o impacto principal vem da mudança dos hábitos: com um contingente muito maior de pessoas trabalhando em casa, não apenas subiu a demanda pelos aparelhos eletrônicos, como também mudaram os meios como são adquiridos. Não à toa, as compras desses produtos pela internet já representam 14% do segmento dentro do varejo. Isso quer dizer que, a cada dez vendas, pelo menos uma acontece de forma online.
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Contudo é significativo também o investimento no modelo O2O, que fez com que, ao fim de 2021, o comércio eletrônico respondesse por mais de 5% desse setor gigantesco. Foram 13 milhões de novos clientes, o que é, por si só, outra excelente notícia.
Em 2022, o crescimento deve ser menor: com um cenário de inflação e juros altos, o e-commerce pode diminuir o ritmo e crescer 7%. O mesmo deve acontecer com as vendas de duráveis. No entanto, o novo ano deve marcar outro salto: o dos bens não duráveis, como alimentos, bebidas e itens de cuidados pessoais, em um contexto de digitalização ampla dos estabelecimentos e de reabertura dos negócios.
*Kelly Carvalho é assessora técnica da FecomercioSP.
Artigo originalmente publicado na edição 124 da revista Eletrolar News em 2 de fevereiro de 2022.
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