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Negócios

Atacado paulista elimina 7.474 empregos formais em 2016, aponta FecomercioSP

Apesar da retração, cenário é mais ameno na comparação com o mesmo período de 2015, quando foram extintos 17.225 postos de trabalho

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Atacado paulista elimina 7.474 empregos formais em 2016, aponta FecomercioSP

Entre os únicos segmentos que aumentaram o total de empregados na mesma base comparativa estão os produtos farmacêuticos e higiene pessoal (1,6%) e alimentos e bebidas (0,6%)
(Reprodução/FreePik)

Interrompendo a sequência de dois meses consecutivos de saldo positivo de empregos, o comércio atacadista do Estado de São Paulo eliminou, em dezembro, 2.381 postos de trabalhos, resultado de 9.894 admissões contra 12.275 desligamentos. Assim, o atacado paulista encerrou 2016 com 491.942 trabalhadores formais, recuo de 1,5% em relação ao registrado em dezembro de 2015. No acumulado de janeiro a dezembro, foi registrado saldo negativo de 7.474 empregos formais. Contudo, este cenário é um pouco melhor quando comparado a 2015, ano em que foram extintos 17.225 postos de trabalho com carteira assinada.

Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista. As informações mostram o nível de emprego do comércio atacadista em dezesseis regiões e dez ramos de atividade. A FecomercioSP passou a acompanhar tais dados em fevereiro de 2016.

Das dez atividades pesquisadas em dezembro, sete apresentaram queda no estoque de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015. Os destaques negativos foram os setores de eletrônicos e equipamentos de uso pessoal (-5,7%); máquinas de uso comercial e industrial (-4,2%) e de material de construção, madeira e ferramentas (-3,8%).

Em contrapartida, os únicos segmentos que apresentaram crescimento no total de empregados na mesma base comparativa foram os de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (1,6%), energia e combustíveis (0,9%) e alimentos e bebidas (0,6%).

Entre as 16 regiões analisadas pela pesquisa, apenas seis apresentaram saldo positivo de empregos em dezembro. Os destaques foram Bauru (174), Taubaté (85) e Litoral (60). Já os maiores saldos negativos foram observados na Capital (-1.462), Osasco (-400) e Campinas (-300).

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, assim como o ocorrido no comércio varejista, o atacado paulista em dezembro registrou sua sazonal perda de vagas formais, isto é, mais desligamentos que admissões. Neste caso, foram 2.381 vagas a menos, frente à geração de 1.082 em novembro de 2016.

Na comparação interanual o cenário não foi revertido, entretanto, o saldo de dezembro de 2016 foi mais ameno. Esta desaceleração das perdas, que também ocorreu com o varejo no último mês do ano, dá o tom de reação do setor. Enquanto no primeiro semestre de 2016 houve perda de quase 8 mil vagas, nos últimos seis meses o setor abriu 329 postos de trabalho.

Importante observar que em 2016 houve geração de vagas nas atividades de bens essenciais ao consumo, isto é, atacado de alimentos, bebidas, produtos farmacêuticos e energia. Para 2017, a Entidade aposta em uma pausa nas grandes perdas de vagas no atacado. Tal realidade terá como dependência a recuperação do varejo, que devido à redução inflacionária, de juros e inclusive do próprio desemprego, poderá ter um segundo semestre mais positivo, impactando positivamente sobre o atacado paulista, seja em termos de vendas ou de mercado de trabalho formal.

Atacado paulistano
Foram extintos, em dezembro, 1.462 empregos com carteira assinada no comércio atacadista da cidade de São Paulo. A ocupação formal atingiu 204.355 empregados. Já o saldo acumulado dos 12 meses de 2016 ficou negativo em 3.349 empregos, o que levou à diminuição de 1,6% do estoque total de trabalhadores na comparação com dezembro de 2015.

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