Economia
21/03/2018Banco Central acerta novamente ao reduzir a Selic para 6,5%, avalia FecomercioSP
Para a Entidade, o corte de 0,25 ponto porcentual deve encerrar o ciclo da queda da taxa de juros sem grandes riscos momentâneos
FecomercioSP considera positiva redução da Selic de 6,75% para 6,5%, mantendo seu menor patamar histórico
(Arte: TUTU)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) considerou positiva a redução da Selic de 6,75% para 6,5%, mantendo o seu menor patamar histórico. Segundo a Entidade, essa deve ser a última redução e uma medida correta, uma vez que o Banco Central (BC) vem reduzindo a taxa de juros desde 2016, quando seu patamar era superior a 14% e a inflação estava muito mais alta do que a do atual momento.
Para a assessoria econômica da Federação, apesar de inflação baixa, câmbio pouco pressionado e com redução recente das projeções do IPCA para este ano (em torno de 3,5%), o BC deve encerrar o ciclo de redução da queda da taxa de juros sem grandes riscos momentâneos. Por outro lado, a autoridade monetária não vai correr riscos reduzindo demais a Selic, afinal o segundo semestre deste ano pode ser mais complexo devido as eleições.
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Na análise da Entidade, há fatores importantes que mantêm as condições para a manutenção dos juros relativamente baixos no Brasil – para os padrões do País – por um período mais longo, mesmo este sendo um ano de fortes movimentações políticas. Do ponto de vista internacional, apesar da liquidez ainda elevada, é esperado um ciclo de ligeira alta nas taxas de juros na Europa e nos Estados Unidos, o que limita um pouco uma queda mais acentuada no momento.
A FecomercioSP sempre apoiou todo o processo de redução de juros e espera que, no médio prazo, o País termine de fazer seu ajuste fiscal, permitindo não só a queda mais acentuada de juros, mas também impedindo que já em 2019 o Brasil tenha que passar por outro ciclo de alta da Selic.
A assessoria econômica da Entidade avalia que, infelizmente, o Brasil ainda não apresenta as condições de estabilidades fiscal, política e econômica em geral que permitiriam ao País ter taxas de juros em padrões invejáveis, como nos EUA ou na Europa, abaixo de 2% ao ano, mas pode ser que estejamos caminhando para isso, a depender de nossa maturidade política que vai definir, por sua vez, os caminhos econômicos.
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