Economia
13/11/2019Black Friday: aumento das vendas em novembro pode facilitar renovação de estoques para o Natal
Pesquisa que avalia vendas nos comércios eletrônico e físico estima crescimento de mais de 7% para o setor no mês típico de ofertas e promoções
Outros fatores, como inflação baixa neste ano, podem melhorar o cenário de vendas para as empresas
(Arte: TUTU)
A Black Friday é, atualmente, a segunda data mais importante para o comércio brasileiro – perdendo apenas para o Natal na mensuração do impacto econômico para o setor. A expectativa para novembro 2019 é de crescimento de 7% no faturamento real do comércio eletrônico em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE – Ebit), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O resultado positivo da data para o setor acontece em virtude da confiança que o período ganhou dos comerciantes e da maior participação de estabelecimentos nas ofertas e promoções, o que o torna bastante aguardado pelo comércio varejista.
Ainda que a Black Friday esteja programada para o dia 29 deste mês, os varejistas aproveitam a tendência positiva de novembro para antecipar as campanhas de divulgação, prolongando as ofertas ao máximo. Esse pode ser um trunfo para que o empresário equilibre os níveis de estoque que porventura ficaram acima do adequado para o estabelecimento e para que prepare as prateleiras para as vendas natalinas.
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PCCE
Para o varejo físico, é esperado um crescimento de 7,4% no total do comércio neste mês. O comércio eletrônico deve movimentar em novembro em torno de R$ 2,9 bilhões, ao passo que o faturamento total do comércio varejista deve ficar em torno R$ 68 bilhões.
Entretanto, em uma análise dos segmentos dos bens de consumo, eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento devem ter expansão de apenas 5% nas vendas nas lojas físicas. Os dados da PCCE apontam para a tendência de que a data traga mais efeitos positivos para esses segmentos no comércio eletrônico do que no físico.
Novembro é o mês com maior peso no faturamento anual do comércio eletrônico, com aproximadamente 14,5% de participação no resultado total, seguido de dezembro – em torno de 9%.
Já a participação do varejo online no total dos ganhos do comércio varejista, excluindo o mês de novembro, gira em torno de 2,5%, conforme a série histórica da PCCE aponta. O desempenho em novembro, contudo, é aquecido a ponto de levar essa participação para 4,3%.
O crescimento nas vendas pode ser influenciado pela melhora – ainda que lenta – no cenário econômico, além de preços ancorados em patamares abaixo da inflação (aproximadamente 3,29% previstos para 2019 no boletim Focus do Banco Central), com taxas de juros em tendência de queda, uma recuperação discreta da geração de empregos e mais confiança de agentes, tanto dos consumidores quando dos empresários mais confiantes, para investir e contratar no período do fim do ano.
Outros fatores que tendem a impulsionar o consumo e a aquecer o faturamento real do setor são a injeção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na renda das famílias e o décimo terceiro.
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