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Economia

Black Friday: vendas dos segmentos mais impactados devem crescer 10,3%, com impulso das lojas de móveis e decoração e vestuário

Para novembro, previsão da FecomercioSP é que o faturamento do Comércio atinja R$ 74,4 bilhões no Estado de São Paulo

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Black Friday: vendas dos segmentos mais impactados devem crescer 10,3%, com impulso das lojas de móveis e decoração e vestuário
Na cidade de São Paulo, a Black Friday também deve estimular a compra de eletrodomésticos e eletrônicos, com previsão de alta real de 21,8% (Arte: TUTU)

Com a chegada da Black Friday, o faturamento dos segmentos mais impactados pela data deve crescer 10,3% no mês de novembro, no Estado de São Paulo, em relação ao mesmo período do ano passado. Se as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) se confirmarem, o setor pode faturar em torno de R$ 74,4 bilhões.  

As cinco atividades analisadas devem exibir alta nas vendas, com destaque para as lojas de móveis e decoração (14,8%) — mas vale mencionar que, por registrar faturamento menor, é comum grandes variações na atividade — e para as lojas de vestuário, com previsão de crescimento de 14% em comparação a novembro de 2023. 

No primeiro grupo, estima-se um faturamento de R$ 1,9 bilhão, em decorrência do contínuo investimento dos consumidores em melhorar o espaço doméstico — tendência que foi reforçada pela pandemia e ainda segue em alta. Já para lojas de vestuário, tecidos e calçados, o montante esperado é de aproximadamente R$ 10 bilhõesinfluenciado pelas compras de itens para o fim do ano e o início do verão.

COMÉRCIO VAREJISTA NA BLACK FRIDAY

NOVEMBRO

Fonte: FecomercioSP 


As vendas dos supermercados devem crescer 8,7%, a menor variação entre os segmentos analisados. Aqui vale lembrar que a atividade tem o maior faturamento entre as atividades varejistas, a qual deve alcançar R$ 41,5 bilhões em novembro. Segundo a Entidade, o resultado está relacionado a um desempenho mais estável e a um crescimento moderado no setor. Outro fator a ser considerado é que os itens vendidos nesses estabelecimentos são menos suscetíveis a grandes variações sazonais em períodos promocionais, como a própria Black Friday. 

Farmácias e perfumarias, impulsionadas pela maior procura por produtos de bem-estar e cuidados pessoais, devem crescer 10,5%, atingindo R$ 11,7 bilhões. E, por fim, eletrodomésticos, eletrônicos e os itens da linha branca serão beneficiados pela forte demanda por bens duráveis, estimulada por descontos agressivos e pela maior procura por inovação tecnológica. O faturamento previsto é de R$ 9,3 bilhões, uma alta de 12,2% em relação a novembro de 2023. 

Expectativas na capital paulista

Na cidade de São Paulo, a Black Friday também deve estimular a compra de eletrodomésticos e eletrônicos, com previsão de alta real de 21,8% e montante atingindo R$ 2,8 bilhões. As vendas das lojas de móveis e decoração podem alcançar R$ 690 milhões, alta de 15,3%. A previsão da FecomercioSP é que as cinco atividades cheguem a R$ 23,9 bilhões em vendas na capital, no mês de novembro, um crescimento de 10,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. 

Ainda de acordo com a Federação, as projeções otimistas estão baseadas no mercado de trabalho aquecido e nas sucessivas quedas da taxa de desemprego, ou seja, há um aumento no contingente de pessoas com capacidade de consumir — e o montante de recursos do décimo terceiro salário a ser injetado na economia será maior. Além disso, a renda cresceu, e o mercado de crédito também vive um momento positivo. “Esses fatores — aliados às estratégias de promoção, ao acesso facilitado ao crédito e à adaptação ao comportamento consumidor — são os principais motivos para o desempenho projetado no varejo paulistano para novembro de 2024”, afirma a Entidade.  

COMÉRCIO VAREJISTA NA BLACK FRIDAY

NOVEMBRO

Fonte: FecomercioSP 

Black Friday e Natal

A Black Friday, que dá início ao período de alta de vendas de fim de ano, serve como um indicador de tendência. Durante a data, os varejistas conseguem avaliar a disposição de compra dos consumidores, os produtos com maior demanda e até mesmo o perfil de pagamento. Com esses dados, eles podem ajustar os estoques e as estratégias, garantindo que estarão preparados para o mês seguinte, durante o Natal. Além disso, com mais dinheiro em circulação, graças ao décimo terceiro, as famílias tendem a gastar mais em presentes, produtos de consumo e itens que podem não ter adquirido durante a Black Friday. Assim, juntas, essas datas formam uma combinação poderosa que ajuda a promover o varejo e a economia, especialmente nos grandes centros urbanos, como São Paulo.

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