Sustentabilidade
11/09/2017Carro elétrico conquista mercados nacional e internacional
Até 2020, País deve ter 40 mil unidades; em cinco anos, serão 2 milhões de híbridos ou elétricos no mundo
A frota brasileira de carros e ônibus híbridos e elétricos soma atualmente 4.784 unidades. Cerca de 300 são cem por cento elétricos
(Arte/TUTU)
Uma pesquisa divulgada pela Agência Internacional de Energia (AIE) revela que uma revolução silenciosa está mudando o comportamento da indústria automobilística em todo o mundo. O mercado de carros elétricos e híbridos (que possuem dois motores: um de combustão a gasolina e outro elétrico) atingiu um novo marco. Em 2016, foram vendidos em todo o mundo mais de 750 mil modelos, contra 547,2 mil no ano anterior. Com isso, o número total alcançou 2 milhões de unidades – um marco para a categoria, que começou a ser comercializada em 2011.
De acordo com o levantamento, em 2016, havia aproximadamente 345 mil ônibus elétricos no mundo, o dobro do registrado em 2015. A China, campeã do ranking, tinha 343 mil unidades. Na Europa, eram 1.273 e, nos Estados, Unidos, 200.
Veja também:
Prós e contras dos carros elétricos
Falta política pública para incentivar uso do carro elétrico no Brasil
A frota brasileira de carros e ônibus híbridos e elétricos soma atualmente 4.784 unidades. Cerca de 300 são cem por cento elétricos. Todos têm enorme relevância para preservar o meio ambiente por não emitirem gases poluentes.
O presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Ricardo Guggisberg, garante que a expansão tem sido expressiva. “Temos, no Brasil, cerca de 50 milhões de veículos a combustão. Nossa realidade ainda é bem distante do mercado internacional, mas já teve início uma transição da cadeia produtiva automobilística, e o Brasil está incluído nesse processo. Até 2020, nós teremos 40 mil veículos elétricos e híbridos rodando no País. Sem dúvidas, já será um salto muito grande”, diz Guggisberg.
O presidente do Conselho de Orientação de Energia (COE) da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), Carlos Roberto Silvestrin, explica que o Brasil vive um processo acelerado de eletrificação da força motriz dos veículos. “O que se discute no momento é como disponibilizar a eletricidade para que a tração seja elétrica. Nós temos algumas tecnologias em uso no País. Uma é híbrida, que poderá utilizar o etanol para gerar eletricidade. E a outra é a do hidrogênio, que deve ser colocado em cilindros para gerar eletricidade para a bateria. Todas são opções ecológicas”, avalia Silvestrin.
Para a assessora técnica do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, Cristiane Cortez, se o Brasil avançar na expansão do segmento, haverá uma queda significativa de poluentes locais e, consequentemente, uma redução de problemas respiratórios nos grandes centros urbanos, como asma, bronquite e rinite, bem como de doenças cardiovasculares.
“Esse veículo elétrico rodando num centro urbano gera poluição local zero, pois não tem queima de combustível no motor”, explica a assessora da FecomercioSP. “Outra vantagem do veículo elétrico é combater o aquecimento global, pois sem o combustível dos veículos convencionais (diesel, gasolina, gás natural) não há carbono e, portanto, não ocorre a emissão de CO2 , principal gás de efeito estufa”, conclui Cristiane Cortez.
Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/noticia/carro-eletrico-conquista-mercados-nacional-e-internacional
Notícias relacionadas
-
Imprensa
Web Summit 2024: inovação e empreendedorismo
FecomercioSP acompanha discussões sobre a transformação digital e os reflexos da IA nos negócios
-
Sustentabilidade
Empresas têm função ativa no desenvolvimento sustentável
SustentabilidadeConsumo consciente: entenda a sua importância no dia a dia
LegislaçãoMarco Legal do Hidrogênio avança, mas faltam incentivos