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Negócios

Casamento ainda é um ótimo negócio, diz especialista

No setor de festas e eventos, os casamentos e as festas de 15 anos ainda são bons negócios e movimentam a economia

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Casamento ainda é um ótimo negócio, diz especialista

Apesar da crise, mercado de festas de casamento e debutante segue em crescimento
(Perspectiva)

Com informações de Carlos Ossamu

O mercado de festas movimenta perto de R$ 17 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Eventos Sociais (Abrafesta). No setor, as festas de casamentos e de debutantes ganharam força nos últimos três anos. Para a especialista em eventos Isabella Ciampaglia, embora a crise econômica afete o mercado, o número de casamentos cresceu, assim como o interesse das adolescentes em festas de 15 anos.

Ela, que ingressou no segmento como assessora de festas, criou, em 2011, a Cheers Off, feira VIP de fornecedores para festas realizada em São Paulo. A feira está em sua sétima edição e Isabella já planeja expandir o evento para o Rio de Janeiro, cidades do Nordeste e interior paulista. 

Como começou a sua atuação nesse mercado de festas e eventos?

Sou arquiteta e comecei desenhando layouts de festas para algumas empresas de assessoria na área. Depois fui convidada por uma amiga para trabalhar como assessora de festas, quando cuidava mais da parte de formatação, organização e design do evento. 

O que faz uma assessoria de festas?

Há dois tipos de serviços que uma assessoria presta: a completa e a parcial. Na completa, o cliente, que são os noivos, contrata os serviços da assessora para organizar tudo, desde a igreja até todos os detalhes que envolvem a cerimônia. No dia do evento, nós cuidamos de tudo. Já na assessoria parcial, são contratados apenas alguns itens da organização, mas no dia do evento, que é o principal, o assessor está presente, alinhando todos os fornecedores e organizando a montagem para que tudo dê certo e todos possam aproveitar a festa. 

A assessoria de festas é uma atividade recente?

No passado, eram poucas as empresas especializadas. O boom do setor foi entre 2008 e 2009. Atualmente vários profissionais oferecem o serviço – até mesmo quem acabou de se casar, passou por uma breve experiência e já quer virar assessor de festa no dia seguinte. Isso é ruim, pois mexe muito como o nosso mercado, um exemplo são pessoas não qualificadas, sem experiência, cobrando um preço diferente do mercado. 

Como funciona o Cheers Off?

O evento é voltado aos negócios, diferentemente de outras feiras de casamentos e festas. Os participantes têm que oferecer pelo menos um benefício, que pode ser um desconto ou cortesia, mas que sejam exclusivos. Falamos que é um “evento-butique”, porque é pequeno. Temos em média 50 fornecedores, que são selecionados por critério de qualidade, pois a nossa atuação é nas classes A e B. Também limitamos a participação de empresas por segmento – três a quatro fornecedores por área. 

A crise econômica tem afetado o mercado de festas e eventos?

A crise afetou mais a cabeça dos noivos e dos fornecedores do que o mercado em si. No ano passado, fornecedores com os quais trabalhamos tiveram crescimento de até 30% no faturamento. Mudou que antes eram festas grandiosas, com muitos convidados, e hoje são menores, conhecidas como miniweddings, apenas para pessoas mais próximas. Apesar de a festa ser menor, há alta qualidade. Por outro lado, a crise leva os noivos a negociar descontos. Não vejo que o mercado tenha sido tão afetado com a crise. Quem quer, não vai deixar de casar, pode mudar o perfil da cerimônia, mas todos querem comemorar. Também é um planejamento em longo prazo de um sonho. 

A tendência do miniwedding ocorre no exterior ou é um fenômeno do Brasil, por causa da crise?

Fora do Brasil sempre teve mais festas menores e ocorrem muito em hotéis. Outra tendência lá fora e que está em alta aqui no Brasil é o destination wedding, também com menos convidados, pois acontece fora da cidade dos noivos ou mesmo do País. Há assessorias especializadas nesse formato, que acabam exigindo mais planejamento, já que a cerimônia acontece no sábado, mas os convidados chegam na sexta-feira e vão embora no domingo. É uma festa mais bem trabalhada. 

Você comentou sobre o crescimento das festas de debutante. Há algum tempo as meninas não se interessavam, preferiam viajar. É recente esse interesse?

O interesse aumentou nos últimos três anos e se gasta mais do que em casamento, dependendo da festa. Algumas festas são riquíssimas em detalhes: é escolhido um tema que irá decorar todo o ambiente. Por exemplo, se o tema for Paris, hoje há recursos tecnológicos que transformam todo o espaço na capital francesa, com painéis, imagens e cenografia que transportam as pessoas para lá. Vi uma vez uma festa com esse tema, em que a recepção era como um aeroporto e o convite era um passaporte. Essas festas estão ficando bem grandiosas.

A sétima edição do Cheers Off foi em fevereiro. Quando será a próxima edição e quais serão as novidades?

Estamos programando uma edição no Rio de Janeiro e avaliando propostas para fazer o evento no interior de São Paulo e no Nordeste. Houve um aumento na procura dos fornecedores em participar da última feira, pois percebem que é um evento de resultado.

Confira a entrevista na íntegra, publicada pela revista C&S.

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