Negócios
16/10/2018Cashback: sistema que devolve parte do dinheiro ao consumidor ganha força no Brasil
Iniciativa é considerada boa ferramenta de marketing para lojistas
Sistema que funciona como um programa de fidelidade conquista cada vez mais adeptos no País
(Arte: TUTU)
Quando se fala em dinheiro, cada centavo conta muito para o consumidor na hora de realizar uma compra. Pensando nisso, o sistema cashback – que significa “dinheiro de volta” em inglês – tem ganhado cada vez mais força no País.
O presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti, comenta que o sistema começou no Brasil em meados de 2005. “Algumas empresas foram fundadas com o objetivo de oferecer esse produto, mas, na época, o mercado de e-commerce ainda era muito incipiente, inviabilizando a solução”, lembra.
Veja também:
Smartphones, produtos de informática, eletrodomésticos e eletrônicos devem representar 60% do volume financeiro da Black Friday
FecomercioSP consegue prorrogação do prazo de marketplaces
Comércio eletrônico deve planejar vendas da Black Friday antecipadamente
Atualmente, o cashback funciona como um programa de fidelidade, que oferece um ou outro tipo de vantagem para conquistar os clientes. “O consumidor efetua uma compra e a loja devolve como benefício parte do dinheiro gasto”, define Guasti.
Para que esse tipo de sistema cresça, as empresas do ramo fazem parcerias com lojas físicas e online com o objetivo de ampliar a carteira de clientes. Na opinião do CEO da Méliuz, Israel Salmen, essa é uma boa ferramenta de marketing para os lojistas. “É um importante canal de divulgação com os consumidores, pois ajuda a aumentar as vendas e o tíquete médio das compras”, enfatiza.
A companhia já conta com 1,6 mil empresas parceiras para atender os mais de 4,8 milhões de usuários cadastrados, que podem receber o dinheiro resgatado diretamente na conta bancária ou poupança por meio do site ou do aplicativo.
Entre as campanhas já realizadas pela Méliuz, Israel Salmen destaca que o valor do cashback já chegou a 70% do valor do produto, mas, em média, o retorno oferecido ao cliente é de aproximadamente 5% do valor gasto no e-commerce e nos estabelecimentos físicos, como restaurantes e bares.
Outra empresa atuante no Brasil, o MyCashBack possui 300 empresas parceiras e também oferece o resgate de até 10% do valor do produto diretamente em uma conta bancária ou PayPal, além de possuir uma extensão no Google Chrome para lembrar os usuários a buscar seu cashback a cada compra.
O CEO da companhia, que chegou ao Brasil em novembro do ano passado, Tomer Gooterman, lembra que as pessoas eram “céticas” em relação ao serviço e não acreditavam que conseguiriam ganhar seu dinheiro de volta. “Quando perceberam que isso era real, começaram a compartilhar a novidade com seus amigos. Em pouco tempo de operação, já temos mais de 150 mil usuários cadastrados e esperamos alcançar mais 500 mil no próximo ano e gerar mais de R$ 10 milhões por mês”, projeta.
Esse é um ponto de atenção, segundo Pedro Guasti. “A comunicação sobre as vantagens e o funcionamento do cashback ainda precisam ser aprimorados”, alerta, sobre o desconhecimento e a desconfiança que podem existir entre os consumidores.
Todos os direitos patrimoniais relativos ao conteúdo desta obra são de propriedade exclusiva da FECOMERCIO-SP, nos termos da Lei nº 9.610/98 e demais disposições legais aplicáveis à espécie. A reprodução total ou parcial é proibida sem autorização.
Ao mencionar esta notícia, por favor referencie a mesma através desse link:
www.fecomercio.com.br/noticia/cashback-sistema-que-devolve-parte-do-dinheiro-ao-consumidor-ganha-forca-no-brasil
Notícias relacionadas
-
Economia
Crise habitacional exige planejamento e investimentos
Em entrevista promovida pela Revista Problemas Brasileiros e pelo Canal UM BRASIL, Anacláudia analisa a crise de habitação no mundo e a expansão desenfreada das cidades, bem como defende a otimização da ocupação do espaço urbano
-
Economia
Carta de Conjuntura mostra aquecimento econômico