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CEEP: política fiscal expansionista e Reforma Tributária devem elevar carga e adiar redução da Selic; ouça o podcast

Na gravação, integrantes do conselho ainda discutem a nota de qualificação do Brasil pelas agências de rating e o aumento dos juros no exterior

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CEEP: política fiscal expansionista e Reforma Tributária devem elevar carga e adiar redução da Selic; ouça o podcast
Podcast ainda debate atuação do Banco Central frente à inflação (Arte: TUTU)

A análise mensal do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) já está no ar! O podcast debate os principais destaques da economia, da política e do cenário internacional com os economistas Antonio Lanzana e André Sacconato e o sociólogo e cientista político Paulo Delgado. 

Reforma que traz insegurança 

Neste episódio, Lanzana, copresidente do CEEP, avalia que a manutenção da taxa Selic não foi surpresa, tendo em vista que o Banco Central (Bacen) ainda busca manter a inflação dentro da meta e evitar uma escalada dos preços mais à frente, uma vez que os efeitos da aprovação do arcabouço fiscal não são imediatos — e, ainda, há a questão da política fiscal expansionista do governo. “O Bacen não pode ceder a pressões políticas, sobre o risco de perder eficiência e credibilidade”, ressalta. 

A respeito da Reforma Tributária, o economista afirma que a questão central é como que a simplificação ocorrerá com base em propostas muito genéricas e que sofrem alterações constantemente. “Isso reflete o nível de incertezas em relação à reforma. Uma hora é apenas uma alíquota, depois, viram duas ou três. Há pontos importantes deixando de ser discutidos: se haverá aumento de carga, os segmentos impactados, as consequências sobre a inflação, os impactos no mercado de trabalho e a convivência pelas empresas com dois sistemas ao mesmo tempo.” 

Políticas de curto prazo 

Já Delgado, copresidente do CEEP, comenta a requalificação do Brasil por agências internacionais que mensuram o grau de risco em investimentos. Segundo ele, a melhora na economia pela visão dessas agências reflete políticas emergenciais e benesses de curto prazo. “São políticas muito conhecidas por nós nos últimos 25 anos. Elas levaram o País a ter uma melhora na qualidade de vida populacional por determinado período, mas sempre voltamos à situação anterior. Ainda que sejam positivas para resolver problemas pessoais da população, não resolvem as adversidades de uma geração, dos filhos e netos”, pondera. 

Os recados dos bancos centrais 

Na gravação, Sacconato, economista e consultor da FecomercioSP, explica que em última reunião, o comitê do FED, banco central estadunidense, parou de subir juros, mas já sinalizaram novos aumentos. Essa pausa, na prática, apenas garante um tempo ao órgão, em razão do receio de se aprofundar a crise sobre bancos médios provocada por um aumento constante da taxa de juros. “O problema é que a economia não funciona assim, e o FED parece não ter percebido isso. A curva de juros continua alta com a sinalização de mais aumentos no futuro. O efeito prático é praticamente zero. Não há justificativa técnica para que não continuassem aumentando desde já”, enfatiza.  

Na Europa, o cenário é mais complicado, sobretudo na Alemanha, graças à situação econômica da China, uma vez que ambas as nações mantêm forte relação comercial. “A Europa se vê quase em uma situação na qual não há crescimento, só inflação. Os bancos centrais de lá não conseguem parar de aumentar os juros, mesmo em um ambiente de desaquecimento geral da economia”, explica.

O programa também está disponível no Spotify e no Apple Podcasts.

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