Economia
20/12/2017Cerca de 60% dos paulistanos pretendem presentear neste Natal, aponta FecomercioSP
De acordo com sondagem realizada pela Entidade nos dias 11 e 12 de dezembro na cidade de São Paulo, resultado reflete um ambiente econômico mais favorável; em 2016, a porcentagem foi de 57%
59,6% dos entrevistados pretendem presentear, aumento de 3,3 pontos porcentuais com relação a 2016
(Arte/TUTU)
A poucos dias da data considerada a mais importante para o varejo, levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomecioSP) revelou que as pessoas estão mais dispostas a presentear neste Natal.
A sondagem, realizada com 1.115 consumidores na capital paulista nos dias 11 e 12 de dezembro, mostrou que 59,6% dos entrevistados pretendem presentear, aumento de 3,3 pontos porcentuais com relação a 2016 (57,3%), voltando ao patamar registrado em 2014, ano em que o comércio varejista começou a dar seus primeiros sinais de desaceleração.
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O valor médio do presente permaneceu em R$ 100, o mesmo observado em 2016, já descontada a inflação do período. A maioria dos entrevistados (46,2%) deseja comprar até três presentes, mas vale ressaltar que o número de pessoas que darão um número maior de presentes cresceu. Em 2016, 29,4% pretendiam comprar de quatro a cinco presentes; e neste ano, essa parcela subiu para 30%; enquanto a proporção de consumidores que comprará de seis a dez presentes saltou de 14,1% para 18,4%. Assim como no ano passado, roupas, calçados e acessórios permanecem no topo da lista de presentes, com 65,5% das respostas. Em seguida estão brinquedos (30,1%), perfumes e cosméticos (17%) e telefone celular (4,8%).
As informações sobre as formas de pagamento, segundo a FecomercioSP, evidenciam o comportamento de compra do consumidor. Ao mesmo tempo em que 69% das pessoas entrevistadas afirmaram que pagariam as compras à vista, deixando o cartão de crédito como segunda opção (31%), os lojistas, ao serem questionados no período após o Natal, costumam alegar que o cartão de crédito foi a modalidade mais procurada. "Os consumidores tendem a estabelecer um limite de gastos para aquele momento, mas no período de compras acabam comprometendo o orçamento um pouco mais e utilizam o crédito", explica a assessoria econômica da Entidade.
Os presentes que os entrevistados mais gostariam de ganhar permanecem sendo vestuários, calçados e acessórios (23,8%), telefone celular (12,1%), perfumes (6,7%) e eletrodomésticos (5,1%).
Filhos em primeiro lugar
Ainda de acordo com o levantamento, 27,3% dos paulistanos investirão mais no presente dos filhos; 22% no presente da mãe; 20,5% no de namorados(as); e 19,8% para parentes e amigos. Os pais (3,1%) continuam em último lugar.
A parcela de pais que leva os filhos para escolher os presentes aumentou para 47,5% em 2017, sendo que em 2016 esse volume foi de 38,2%. Além disso, 53,3% escolhem o presente dos filhos, enquanto 38,5% deixam o filho escolher. Para os casos em que os filhos escolhem o presente, 84,7% dos pais estabelecem um limite de valor para a compra.
Black Friday
As entrevistas também mostraram que, do total de consumidores abordados, apenas 19,7% aproveitaram as liquidações da Black Friday. Desse porcentual, 15,1% disseram ter adquirido especificamente presentes para o Natal, em razão dos descontos em vários produtos. Esse fato mostra que, pelo menos por enquanto, não há grande conflito entre as duas datas, segundo a FecomercioSP.
Para a Federação, este será o melhor Natal desde 2013. A projeção é de que o faturamento do comércio varejista em todo o Estado de São Paulo, em dezembro, deva atingir R$ 65,1 bilhões, alta de 4% na comparação com o mesmo período de 2016. Será o segundo melhor mês de dezembro de toda a série, iniciada em 2008, somente inferior ao volume de vendas registrado no mês do Natal de 2013, quando alcançou R$ 66,4 bilhões.
A Entidade alerta que, mesmo com resultados melhores que ano passado, o quadro ainda está longe de se igualar ao período pré-crise, de quase pleno emprego e facilidade na tomada de crédito. Entretanto, o avanço da intenção de compras em relação a 2016, mesmo que de forma moderada, é importante para consolidar a retomada da economia.
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