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Economia

Com inadimplência alta, empresário deve facilitar pagamento para atrair consumidor

PEIC mostra que 731,8 mil famílias da capital paulista não conseguiram pagar a dívida até a data do vencimento, 41,5 mil a mais que o mesmo mês do ano passado

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Com inadimplência alta, empresário deve facilitar pagamento para atrair consumidor

O cartão de crédito continua como o principal tipo de dívida, seguido pelos carnês
(Arte: TUTU)

As famílias do município de São Paulo iniciam o ano com dificuldades de arcar com os compromissos financeiros. Por isso, é importante que o empresário mantenha as políticas de facilitação de pagamento e faça promoções com o intuito de atrair esses consumidores.

Em janeiro, a inadimplência na cidade subiu nas comparações mensal e anual, segundo mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

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A taxa registrada no mês foi de 18,7%, 1,2 ponto porcentual acima do dado de dezembro e 0,9 p.p. superior ao computado em janeiro de 2018. Isso significa que 731,8 mil famílias não conseguiram pagar a dívida até a data do vencimento, um aumento de 41,5 mil lares no contraponto anual.

A taxa de famílias endividadas na cidade ficou em 49,9%, pouco mais alto que os 48,7% de dezembro. No entanto, se comparado com o mesmo período do ano passado (53,3%), a taxa atual está 3,4 pontos porcentuais abaixo, o que significa uma redução de 120 mil lares que possuem algum tipo de dívida para um total em janeiro de 1,95 milhão de famílias endividadas na capital paulista. 

Entre os inadimplentes, o tempo médio de conta em atraso subiu de 65,4 dias de janeiro do ano passado para 66,5 dias. A mudança maior ficou concentrada no período de 30 a 90 dias – que subiu, em um ano, 4,9 pontos e atingiu 28% dos entrevistados. O porcentual mais alto ainda está no período de mais de 90 dias, com 49,7% dos pesquisados (-1,7 p.p. na comparação anual). Os inadimplentes com até 30 dias representam 19,2% das pessoas analisadas na pesquisa.

A taxa de famílias que já dizem que não conseguirão pagar a dívida em atraso ficou praticamente estável: 8,2%, contra 8,3% do mês anterior. Contudo, comparando com o mesmo período do ano passado, houve aumento na taxa em 1,2 ponto porcentual, ou em números absolutos, um incremento de 48,7 mil famílias para um total atual de 322,7 mil famílias nessa situação mais delicada.

Entre os endividados, o tempo médio de comprometimento com a dívida ficou estável no comparativo anual em 7,2 meses. O porcentual mais elevado está no período superior a um ano (33,4%) e os demais estão divididos de maneira muito similar: 23,1% de até três meses; 22,7% de três a seis meses; e 19,3% de seis meses a um ano, esses também sem grandes diferenças nos comparativos mensal e anual.

A parcela da renda comprometida com crédito ficou em 28%, o que é considerado com saudável.

Tipos de dívida
O cartão de crédito continua como o principal tipo de dívida, com 71%, muito próximo do visto em dezembro (70,6%), mas abaixo dos 74,7% do mesmo mês do ano passado. Na segunda colocação estão os carnês, com 12,7%, índice parecido ao registrado em dezembro e janeiro do ano passado – 13,2% e 12,9%, respectivamente. Os outros destaques ficaram por conta de financiamento de carro (12%), financiamento de casa (11,2%) e crédito pessoal (10,2%).

Faixa de renda
Na análise por faixa de renda, a taxa de famílias endividadas subiu para ambos os grupos. As famílias com renda abaixo de dez salários mínimos são as mais endividadas, com 53%, pouco acima dos 52% vistos em dezembro, porém, 4,4 pontos porcentuais abaixo do registrado em janeiro do ano passado. Para o grupo de famílias com renda superior a dez salários mínimos, a taxa de endividados teve avanço, ao passar de 38,2% em dezembro para 40,9% de janeiro.

Também houve aumento da inadimplência em janeiro para ambos os grupos. O grupo com renda mais baixa passou de 7,6% em dezembro para 8,5%, enquanto o grupo com renda superior subiu 1,2 ponto porcentual e, agora, somam 22,9%. Destaque negativo para o aumento anual de 3,1 pontos porcentuais para as famílias que ganham mais, contra a quase estabilidade (0,2%) do outro grupo.

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