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Economia

Apesar de haver espaço para manter Selic no mesmo patamar, COPOM priorizou atuação robusta sobre inflação, aponta FecomercioSP

A manutenção ou queda da taxa básica de juros só será sustentável se o governo conseguir construir uma política fiscal mais equilibrada

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Apesar de haver espaço para manter Selic no mesmo patamar, COPOM priorizou atuação robusta sobre inflação, aponta FecomercioSP
Com a inflação em desaceleração, a expectativa é que o Banco Central não mexa na taxa Selic (Arte: TUTU)

À medida em que os dados da inflação nos últimos dois meses sinalizavam uma desaceleração dos preços no País, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) entende que havia espaço para o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, manter a taxa básica de juros, a Selic, no patamar que estava (14,75%). Com o aumento em 0.25 ponto porcentual (p.p.) anunciado nesta quarta (19), o Brasil terá a maior taxa nominal desde 2006.

Na verdade, a Entidade compreende que o COPOM poderia ter aguardado os dados dos próximos meses antes de fazer um novo ajuste, à medida em que existe uma defasagem de tempo entre a definição da taxa de juros e os seus efeitos, principalmente dos aumentos da Selic realizados no ano passado, que começaram a ficar evidentes agora. A recente valorização do real frente ao dólar também contribuiu para uma desaceleração inflacionária que poderia justificar a manutenção da Selic agora.

A avaliação, assim, é que o comitê aumentou os juros para consolidar sua abordagem robusta de controle da inflação.

De fato, a manutenção ou queda da taxa básica de juros só será sustentável se o governo conseguir construir uma política fiscal mais equilibrada — o que não parece estar na agenda neste momento. Em meio às críticas generalizadas aos últimos pacotes apresentados pelo Executivo, há uma chance não desprezível da inflação voltar a subir nos próximos meses, forçando o COPOM a manter a Selic alta.

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