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Negócios

Com metaverso, turismo tem oportunidades únicas de aproximar clientes e destinos, além de fortalecer a pré-venda

Tecnologia proporciona experiência imersiva, até mesmo nos hotéis, antes da finalização da compra do pacote de viagens

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Com metaverso, turismo tem oportunidades únicas de aproximar clientes e destinos, além de fortalecer a pré-venda

Utilizar a realidade virtual para mostrar um destino ou uma experiência de viagem será um diferencial
(Arte: TUTU)

As grandes empresas de tecnologia estão avançando a passos largos sobre o metaverso – um novo formato de mercado que promete agregar múltiplas oportunidades aos pequenos negócios, sobretudo para que estes se mantenham mais próximos aos consumidores.

O metaverso é, basicamente, um “mundo” digital criado de tecnologias de realidades virtual (VR) e aumentada (AR), no qual as pessoas poderão se conectar, interagir e realizar diferentes atividades relacionadas a entretenimento, educação, compras, jogos, turismo etc. – tudo isso utilizando avatares, algo como uma persona digital [lembrando que esta experiência depende de um tipo específico de óculos de realidade virtual, com preços ainda pouco acessíveis ao público. Conforme a tecnologia se populariza, a tendência é que os custos de produção e de venda sejam reduzidos para que estes produtos não se tornem uma “febre” passageira, assim como as TVs 3D foram por volta de 2010].

O termo ficou em evidência após a Meta (empresa responsável por Instagram, WhatsApp e Facebook) anunciar a estratégia de construir um metaverso próprio nos próximos anos. Na visão da empresa, a tecnologia nos permitiu, ao longo dos anos, evoluir de mensagens de texto enviadas pelo computador para os smartphones; depois, de textos para fotos; e, com os avanços nas transmissões de dados, de fotos para vídeos. O próximo passo é a criação de uma plataforma imersiva, em que as pessoas não ficarão restritas a apenas olhar, mas também estar “presentes”, conectando-se com amigos, trabalhando e viajando – sem que a distância seja um impeditivo. Em outras palavras, o metaverso seria o futuro da internet.

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A combinação do metaverso com o uso intensivo de games por uma geração que está entrando no mercado consumidor pode presisonar algumas empresas a aderir ao conceito, em especial as de eventos e entretenimento.

Dentre as formas de como o metaverso pode ser aplicado ao turismo, destacam-se:

✓  utilizar a realidade virtual para mostrar um destino ou uma experiência de viagem. Uma agência, ao apresentar um local para um potencial cliente, poderá “transportá-lo” para os diversos cenários e atrações que o viajante visitará – e, até mesmo, mostrar os quartos de hotel disponíveis, o que facilitará o processo de venda. Também pode ser vendido um serviço de “Experimente antes de comprar”, em que o cliente poderá visitar o destino virtualmente e, se gostar, adquirir o pacote para viajar fisicamente; 

✓  aos agentes que atuam na cadeia de turismo, um ponto a ser destacado é que a localização continua sendo um fator fundamental para o sucesso do negócio, mesmo no mundo virtual, ou seja, as empresas devem comprar terrenos/imóveis bem localizados em ruas comerciais ou próximos a casas virtuais de celebridades, por exemplo; 

✓  a longo prazo, é provável que o setor também passe a explorar destinos como a Roma Antiga ou famosos destinos fictícios.

Há dados relevantes sobre o uso do metaverso pelo turismo mundial. Em maio, a Technavio, consultoria de pesquisas de mercado em nível global, publicou um relatório apontando que o faturamento anual da indústria do setor com o metaverso deve crescer 26,1% entre 2022 e 2026, com um incremento de US$ 188,24 bilhões na receita dos negócios ao longo deste período.

É importante destacar que o setor de turismo foi um dos mais atingidos pela pandemia de covid-19, evidenciando sua vulnerabilidade em situações de crise sanitária, desastres climáticos/naturais ou conflitos armados em determinadas regiões. Neste contexto, o metaverso será fundamental para diminuir os danos sobre o setor ao substituir as viagens e eventos presenciais pelos virtuais.

O turismo já implementou algumas ferramentas de realidade virtual, como a simulação de um espaço de exposição aos visitantes de feiras. Com o metaverso, esta imersão será aprofundada, com a possibilidade de criação de avatares, exposição de produtos em 3D, interação com expositores/palestrantes etc.

Além da redução de custos, o metaverso proporcionará outras vantagens para o segmento de feiras e eventos, tais como:

✓  redução de distâncias: o evento/feira pode contar com pessoas de todo o mundo, tanto visitantes como palestrantes;

✓  como não existe limitação física, também não haverá restrição quanto ao número de pessoas que podem acompanhar o evento;

✓  mais riqueza de dados: por ser um ambiente virtual, a coleta de informações e preferências do público é facilitada.

A respeito da adesão ao metaverso no Brasil, assim como ocorre com outras tecnologias, um determinado público vai aderir depressa (provavelmente grandes empresas que se destacarão pela inovação), enquanto uma parcela ficará desconfiada e outros vão preferir os meios tradicionais.

Os pontos de atenção em torno do tema são, resumidamente, os mesmos que se aplicam a todos os recursos em constante crescimento na última década: a coleta e o uso indevido de dados de consumidores; o combate ao uso criminoso da ferramenta para práticas de assédios sexual e moral; e a garantia de segurança dos meios de pagamento dos usuários.

Quer saber mais sobre este e outros temas fundamentais para o setor? Clique aqui e conheça mais sobre o Conselho de Turismo da FecomercioSP.

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