Por Jamille Niero

Responsável por 17% dos 103,4 milhões de pedidos feitos no comércio eletrônico brasileiro em 2014, há anos a categoria Moda e Acessórios está na liderança das vendas feitas pela internet, de acordo com a consultoria E-bit. É um mercado em expansão: as vendas totais do comércio eletrônico somaram R$ 35,8 bilhões, faturamento 24% superior a 2013. 

É neste cenário que as lojas multimarcas online ganham espaço, aproximando o consumidor das grandes grifes. É o caso da Shop2gether, que opera hoje com quase 150 marcas, entre moda feminina, masculina, infantil e decor. Seu modelo de negócio é o marketplace, que opera com estoques parceiros apenas como uma vitrine de vendas. 

“O principal papel do comercio eletrônico é prover acessibilidade, além de comodidade. Nesse sentido, marcas que não teriam presença comercial em todo o território nacional passam a ser acessíveis comercialmente, e de forma cômoda, sem o consumidor sair de casa. O comércio eletrônico hoje, em especial as multimarcas online, é um canal de comunicação das grandes marcas. Cada vez mais o consumidor busca uma compra consciente e menos por impulso, a informação em tempo real provida pelo canal digital atende bem essa tendência”, analisa a diretora do Shop2gether, Ana Isabel de Carvalho Pinto. A executiva será uma das palestrantes da segunda edição do Fórum Negócios da Moda, evento que ocorrerá no próximo dia 2 de junho, realizado em parceria entre a FecomercioSP e o Estadão. 

A presença digital e a tecnologia proporcionam algumas facilidades para o consumidor que compra online. Por estar exclusivamente na internet, o veículo mais rápido atualmente, a loja online é capaz de apresentar novidades em tempo real. Segundo Ana Isabel, o e-commerce é o reflexo do varejo nesta velocidade atual. “As novidades apresentadas nas passarelas podem entrar no site, por exemplo, no mesmo momento que são desfiladas, para entrega imediata ou após um prazo de acordo com a disponibilidade de entrega da marca que está desfilando”, diz. Vale lembrar, contudo, que apesar de o varejo digital andar na mesma velocidade da informação, ainda depende de processos e operações para garantir a entrega do produto. 

Para tudo isso funcionar, é necessária uma estrutura robusta. No caso da Shop2gether, mais de 100 pessoas estão envolvidas diretamente no negócio. Esses colaboradores se dividem em áreas como comercial, marketing, administrativa e financeira, controladoria, além das áreas que até então não eram expandidas pelo varejo tradicional como marketing digital, produção, cadastro e descritivo de produto. Outra característica da estrutura é o armazém operando full time para garantir entregas no prazo. “É uma engrenagem complexa e que exige sinergia entre sistemas e processos, sempre visando a qualidade e o prazo, que garante a recorrência do cliente”, ressalta Ana Isabel. 

A Shop2gether realiza hoje em torno de 10 mil entregas por mês em todo o país. O percentual de trocas é de 12% a 15%. “No Shop2gether incentivamos o cliente na dúvida a comprar e, caso não goste, fazer a devolução, que é sem custo. Acreditamos ser esse um dos principais diferencias de comodidade que oferecemos”, comenta a diretora da empresa. Dificuldades em trocas e devoluções costumam estar entre as principais reclamações dos consumidores nas compras feitas online. Facilitar esse processo é um ponto importante para deixar o cliente satisfeito com as compras realizadas em lojas do comércio eletrônico. Vale lembrar ainda que o consumidor tem o direito de arrependimento, ou seja, de desistir da compra sem perdas financeiras, como está previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O comportamento do consumidor no mercado digital será debatido pela diretora do Shop2gether e por outros especialistas na segunda edição do Fórum Negócios da Moda, evento gratuito realizado pela FecomercioSP em parceria com o Estadão. A programação completa pode ser vista aqui e as inscrições podem ser feitas aqui.