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09/04/2018Comércio eletrônico fatura R$ 47 bilhões em 2017 impulsionado por aumento de pedidos
Experiência de compra em dispositivos móveis e via marketplaces incentivou aumento do consumo; para 2018, setor deve crescer 12% e atingir R$ 53 bi
Em 2017, as lojas virtuais receberam 111,2 milhões de pedidos. O dado significa um aumento de 5% em relação a 2016
(Arte/TUTU)
Por Júlia Matravolgyi
O aumento do número de pedidos alavancou o crescimento do e-commerce em 2017 no Brasil. Enquanto nos anos anteriores a inflação era responsável por elevar os ganhos do setor, em decorrência dos preços altos, o 37º relatório Webshoppers , mostra que o crescimento do número compras consolidou a alta no faturamento do comércio virtual no ano passado.
O relatório produzido pela Ebit – empresa referência em informação sobre o comércio eletrônico – informa que, em 2017, as lojas virtuais receberam 111,2 milhões de pedidos. O dado significa um aumento de 5% em relação a 2016, quando as 106,3 milhões de ordens representavam queda ante o ano anterior.
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“Esse dado é extremamente positivo, porque mostra que houve crescimento real do comércio eletrônico, que nos últimos anos vinha crescendo apenas de forma nominal”, observa o diretor executivo da Ebit, André Dias.
Como consequência, o faturamento do setor cresceu 7,5% em 2017, tendência que deve se manter neste ano. As vendas pela internet totalizaram R$ 47 bilhões no ano passado, e a Ebit estima que, em 2018, o dado será de R$ 53,5 bilhões, avanço de 12%.
“Além disso, em 2018, a Copa do Mundo deve alavancar as vendas virtuais de eletrônicos como televisores – na última competição, já pudemos observar esse comportamento”, explica o presidente do conselho do Comércio Eletrônico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e CEO da Ebit, Pedro Guasti. “As eleições podem provocar um comportamento mais imprevisível do mercado, dependendo dos candidatos que se destacarem nas pesquisas”, ponderou.
Perfil das compras
O tíquete médio das compras, por sua vez, ficou apenas 3% mais alto que em 2016, fechando o ano em R$ 429. A inflação mais controlada freou o aumento do valor médio gasto pelos consumidores, aumentando em menor proporção que a quantidade de pedidos e o faturamento, diferentemente do que foi observado nos últimos três anos.
Os smartphones são protagonistas das compras virtuais de duas maneiras: os celulares ultrapassaram os eletrodomésticos e se tornaram a categoria mais vendida do e-commerce em 2017 quanto ao volume de faturamento.
Além disso, o uso de dispositivos móveis para executar compras online cresce a cada ano. Em 2017, uma em cada quatro (27,3%) compras virtuais foi realizada em um smartphone ou em um tablet. Até o fim de 2018, segundo previsão da Ebit, esse share deve atingir 37% de todas as aquisições virtuais. “O consumidor definitivamente adotou a versão mobile para realizar suas compras. Experiências positivas nessas plataformas ajudam a consolidá-las como opção de consumo”, afirma André Dias.
As vendas em marketplaces foi uma das responsáveis pelo bom desempenho do mercado eletrônico em 2017. Considerando bens de consumo, produtos artesanais e sites que reúnem bens novos e usados, o setor faturou R$ 73,4 bilhões, alta de 21,9% em relacão ao ano anterior. “Entre as pessoas que responderam nossa pesquisa sobre marketplaces, 74% disseram que os preços competitivos são a maior vantagem desse canal de consumo”, explica a gerente de inteligência de mercado da Ebit, Keine Monteiro.
Quem consome?
Aproximadamente 55,15 milhões de brasileiros fizeram pelo menos uma compra virtual durante o ano de 2017, o que representa um número 15% maior de consumidores que no ano anterior.
Embora o número de mulheres e homens que fazem compras virtuais seja bastante proporcional, elas possuem leve vantagem entre os compradores: 50,6% dos pedidos online foram feitos por mulheres, o que significa que elas fizeram 1,4 milhão de pedidos mais que eles.
A idade média do consumidor virtual é de 42 anos, e sua renda média é de R$ 6.557 – a maioria desses compradores mora nas regiões Sudeste (63,6%) e Sul (16,1%).
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