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Negócios

Comércio eletrônico paulista cresce seis anos em seis meses em meio à pandemia

No primeiro semestre de 2020, vendas online respondem por 3,7% do varejo no Estado de São Paulo; na capital, participação sobe para 5%

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Comércio eletrônico paulista cresce seis anos em seis meses em meio à pandemia

No primeiro semestre deste ano, o gasto médio mensal do paulista no comércio eletrônico foi 17,5% maior do que em 2019
(Arte/Tutu) 

Válvula de escape para muitas empresas impactadas pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19, o comércio eletrônico paulista cresceu, no primeiro semestre de 2020, o equivalente ao registrado nos últimos seis anos. De janeiro a junho deste ano, a participação das vendas online no total do varejo do Estado de São Paulo aumentou em 0,8 ponto porcentual, crescimento semelhante ao visto entre 2013 e 2019.

Com isso, o e-commerce, cujas vendas respondiam por 2,1% do varejo paulista em 2013 e 2,9% em 2019, saltou para 3,7% no primeiro semestre deste ano. Os números são de um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base no crescimento da população paulista e em dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), organizada pela Entidade em parceria com a E-bit/Nielsen.

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O aumento do desempenho do comércio eletrônico é percebido pelo gasto médio do paulista no varejo. O estudo mostra que, em média, cada habitante do Estado de São Paulo gastou R$ 1.247 no comércio varejista tradicional no primeiro semestre de 2020, valor 9,3% menor comparado ao fechamento de 2019. No comércio eletrônico, o gasto médio por pessoa foi de R$ 47, alta de 17,5% em relação ao ano passado.

Analisando as regiões que compõem o Estado de São Paulo, o levantamento revela que o e-commerce registrou melhor desempenho na capital, onde respondeu, no primeiro semestre, por 5% das vendas de todo o varejo. No ABCD (4,4%) e no Litoral (3,8%), o desempenho do comércio eletrônico também ficou acima do resultado estadual.

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Vendas e números de pedidos

O fato de o comércio eletrônico ter avançado em seis meses o equivalente aos últimos seis anos ocorreu por dois motivos: enquanto as vendas gerais do varejo caíram no primeiro semestre, em função das restrições de funcionamento impostas aos setores não essenciais como forma de conter a disseminação do coronavírus, as realizadas por meio de plataformas digitais cresceram significativamente.

Basta ver que, na comparação entre 2019 e o primeiro semestre de 2020, as vendas por habitante tiveram queda de 9,3% no Estado de São Paulo. O e-commerce, por sua vez, teve alta de 17,5%. Na capital, as vendas online avançaram na mesma proporção, enquanto o varejo como um todo, por habitante, caiu 14,6%.

Em seis meses, também houve um salto considerável no número de pedidos online. A média estadual do primeiro semestre foi de 6,013 milhões de compras pela internet, número 39,5% superior à média mensal de 2019 (4,309 milhões). A critério de comparação, nota-se que o avanço foi pouco inferior ao registrado entre 2013 e 2019, quando o número de pedidos cresceu 46,6%.

Na capital, 2,463 milhões de pedidos mensais foram feitos, em média, de janeiro a junho deste ano. Esse número representa um aumento de 42,4% em relação à média mensal do ano passado, que, inclusive, supera a alta observado nos seis anos anteriores (40,9%).

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Comércio eletrônico em alta

Embora as inovações tecnológicas e as dificuldades de deslocamento já vinham alavancando o comércio eletrônico nos grandes centros urbanos, o resultado do primeiro semestre deste ano foi impactado, sobretudo, pelos efeitos da pandemia de covid-19.

Com as limitações de atendimento presencial e a contração no fluxo de pessoas nos centros comerciais, consumidores habituados às plataformas digitais ampliaram a frequência com que realizam compras por meio desses canais. Além disso, novos consumidores tiveram suas primeiras experiências com o comércio eletrônico, o que também ajudou a expandir as vendas.

Não se pode ignorar o fato de que muitas empresas, principalmente pequenas e médias, que não atuavam no ambiente digital tiveram de recorrer ao e-commerce às pressas, como forma de efetuar vendas enquanto se viam impedidas de atender os clientes presencialmente.

De todo modo, estima-se que o comércio eletrônico, cuja taxa de crescimento em 2020 deve ser bastante superior à do varejo como um todo, continue crescendo de forma acelerada por alguns anos. De acordo com a FecomercioSP, a pandemia somente intensificou o processo de aumento da participação das vendas realizadas por meios digitais sobre o total do comércio varejista. A tendência para os próximos anos é de que o comércio eletrônico continue avançando a taxas superiores ao tradicional, ainda que em ritmo menor que o visto durante o período de isolamento.

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