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Editorial

Comércio paulista aumenta expectativa para contratação de funcionários e confirma retomada de expansão

Segundo pesquisa da FecomercioSP, contratação de mão de obra cresceu 2,8% em setembro sobre agosto e 29,3% na comparação interanual

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São Paulo, 14 de outubro de 2016 - Pelo quinto mês consecutivo, aumentou o interesse dos empresários do comércio da Região Metropolitana de São Paulo em expandir os seus negócios, sentimento captado pelo Índice de Expansão do Comércio (IEC) - pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em setembro, o indicador atingiu 78,7 pontos, alta de 1,1% em relação a agosto e de 17,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Apesar de ainda permanecer abaixo dos 100 pontos, o que sinaliza pouca disposição para investir, os sucessivos aumentos do índice demonstram que a sensação de melhora na economia nacional é algo concreto. 

O responsável pelo aumento do IEC em setembro foi o subitem Expectativas para Contratação de Funcionários que atingiu 97,1 pontos, alta de 2,8% na comparação mensal e de 29,3% em relação a setembro de 2015. Em contrapartida, o Nível de Investimento das Empresas, que também compõe o IEC, registrou 60,3 pontos, queda de 1,6% ante agosto, porém, 3,1% superior aos 58,5 pontos aferidos em setembro do ano passado.

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Segundo a FecomercioSP, essa diferença entre os dois subitens decorre do fato de que em termos de capital físico, as empresas do varejo ainda não pensam em expansão, mas dado o elevado número de demissões há espaço para contratações antes da retomada efetiva dos projetos de expansão, novas lojas, etc. De qualquer forma, a Entidade aponta que os números de setembro são boas notícias e, com a definição do cenário político, também as apostas de novos investimentos devem ser retomadas lentamente. 

No longo prazo, de acordo com a Federação, as curvas de investimento e contratação estarão fortemente correlacionadas. Um eventual aumento de contratações (ou redução das demissões) no final de 2016 vai permitir acelerar projetos de investimento em 2017. A FecomercioSP aponta para o fato do setor indicar que será ele a dar primeiro sua enorme contribuição e exibir sua confiança na economia do País. 

Os dados do segundo semestre demonstram que esse será o período de retomada da economia, após um longo período de crise. A Federação reitera que a percepção positiva dos empresários deverá ser acelerada agora com a definição política. De qualquer maneira, não há como uma eventual recuperação modesta reverter todo o quadro de deterioração econômica já presente. Por isso, a Entidade mantém sua preocupação com este ano, mas agora com um sopro de otimismo cada vez maior para 2017. O Natal pode simbolizar essa virada como primeira data importante a ter resultado positivo depois de muito tempo. Neste período finalmente, o quadro político de transitório deve se tornar definitivo, o que vai terminar de sedimentar esse caminho para a retomada. 

O setor terciário foi o último a entrar na crise e, segundo a FecomercioSP, deve ser o primeiro a sair dela. Também foi o setor que absorveu a mão de obra que deixou a indústria até 2014, e deve voltar a ser o grande setor empregador a partir do final do ciclo desta crise. Como é um segmento que usa muita mão de obra para cada real investido, apostas no setor de varejo, turismo e serviços é o melhor caminho para reduzir rapidamente as taxas elevadas de desemprego. 

Nota metodológica

O Índice de Expansão do Comércio da região metropolitana de São Paulo é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas.

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