Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Editorial

Comércio varejista na região do Litoral cresce 7,8% e registra o melhor desempenho do Estado em março

Segundo a FecomercioSP, aumento nas vendas resultou em um faturamento real de R$ 1,7 bilhão

Ajustar texto A+A-

São Paulo, 16 de junho de 2016 – Em março, o comércio varejista na região do Litoral obteve o melhor desempenho do Estado, com o crescimento de 7,8% nas vendas na comparação com o mesmo mês de 2015. O faturamento real atingiu R$ 1,7 bilhão no mês. No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo da região também contabiliza avanço de 2%. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Das nove atividades analisadas pela pesquisa, cinco mostraram crescimento em março no comparativo com o mesmo mês de 2015, entre as quais a de supermercados que foi determinante para o resultado positivo na região, com o avanço de 22,6% e a contribuição de 8,5 pontos porcentuais. Os setores de outras atividades (8,5% e impacto de 1,7 p.p.) e de farmácias e perfumarias (12,9% e colaboração de 1,2 p.p.) também cooperaram para o crescimento do varejo no mês. 

Por outro lado, quatro segmentos mostraram retração, sendo que as mais expressivas foram vistas nos setores de concessionárias de veículos -14,6% com colaboração de -1,8 p.p), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-22,9% e impacto negativo de 1,3 p.p.), e de materiais de construção -6,9% e contribuição de -0,5 p.p.).  

pccv_maro_2016_litoralDe acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, com o maior crescimento anual e também no acumulado do ano, as vendas do Litoral destoam das demais regiões. Os setores de supermercados e farmácias continuam puxando o resultado positivo da região com forte aumento no primeiro trimestre de 30,9% e 14,2%, respectivamente. Ainda segundo a Entidade, os estabelecimentos destas atividades podem estar em fase de expansão devido ao mercado que se mantém em alta diante da crise. 

Desempenho estadual

Após o resultado positivo visto em fevereiro, o comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a cair em março e atingiu o faturamento real de R$ 46,2 bilhões, queda de 2,6% em relação ao mesmo mês de 2015, quando faturou 47,4 bilhões. No acumulado de 12 meses, a retração foi ainda mais acentuada (6%). 

Apesar da queda no faturamento do varejo estadual, apenas seis das 16 regiões analisadas pela Federação apresentaram retração em março, na comparação com o mesmo mês de 2015. Os dois piores desempenhos foram observados nas regiões de Osasco (-18,8%) e ABCD (-3,8%). Já as regiões do Litoral (7,8%) e Marília (6,7%) foram as melhores do Estado. 

Das nove atividades pesquisadas, seis registraram queda nas vendas em março, com destaque para: lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-20,5%), materiais de construção (-15,0%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10,2%) e concessionárias de veículos (-7,5%), que juntas pressionaram negativamente o resultado geral com 4,6 pontos porcentuais (p.p.). 

Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (9,5%), supermercados (6,7%) e lojas de autopeças e acessórios (1,0%) apresentaram crescimento no período e amenizaram a queda geral em 2,7 p.p. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o desempenho varejista parece ter retomado seu ciclo recessivo dentro dos mesmos padrões que vem sendo notados desde 2014, com quedas agudas e sucessivas nos bens duráveis, pelo receio de comprometimento da renda já deteriorada dos consumidores. Os resultados positivos continuam sendo vistos apenas em segmentos de bens essenciais, não fortes o suficiente para evitar as quedas no conjunto geral do varejo paulista. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, o conjunto de ajustes internos que estão sendo promovidos pela nova equipe econômica do governo Temer ainda necessita de um período longo para mostrar resultados positivos, embora se conte com a possibilidade de reversão mais rápida das expectativas, como já notada na melhoria das projeções coletadas pelo Banco Central no Boletim Focus. 

Portanto, a melhoria de expectativas só deverá se reverter em resultados a partir do final deste ano, o que indica que o varejo mais uma vez tende a mostrar índices negativos em 2016. As projeções atuais da FecomercioSP, em seu modelo de estimativa, indicam um primeiro semestre com queda de 4% e um ano fechando com redução de 5% em seu faturamento real em comparação a 2015. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

Fechar (X)