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Editorial

Comércio varejista na região do Litoral cresce 8,3% e registra o melhor desempenho do Estado em janeiro

Segundo a FecomercioSP, faturamento no mês foi de R$ 1,9 bilhão, elevação de quase R$ 148 milhões na comparação com 2015

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São Paulo, 26 de abril de 2016 – Em janeiro, o faturamento real do comércio varejista na região do Litoral atingiu R$ 1,9 bilhão, alta de 8,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior e alcançou o melhor desempenho do varejo em todo o Estado de São Paulo. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Entre as nove atividades analisadas pela pesquisa, três mostraram crescimento, entre as quais a de supermercados foi determinante para o resultado positivo na região em janeiro, com o avanço de 28,3% e a contribuição de 11,6 pontos porcentuais (p.p.). Sem essa colaboração, o resultado geral do comércio varejista da região  seria uma retração de 3,3%. Já o setor de farmácias e perfumarias mostrou elevação de 11,3%, e impacto de um ponto porcentual sobre o resultado geral. Também registrou avanço o setor de outras atividades, com elevação de 0,7% e colaboração de 0,2 p.p. 

Por outro lado, seis segmentos apresentaram retração, sendo que as mais expressivas foram vistas nos setores de concessionárias de veículos (-17,3%, com impacto de -1,7 p.p) e de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-17,3% e colaboração de -1,1 p.p.). 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o forte desempenho do setor de supermercados foi fundamental para o crescimento do varejo na região, devido à priorização do consumo de bens básicos e pelo maior número de turistas no período de férias. A tendência, segundo a Entidade, para o primeiro trimestre é de concentração no consumo dos bens básicos, o que deve continuar elevando as vendas gerais no Litoral, mas o cenário tende a permanecer negativo para as demais atividades.

 tabela_pccv_litoral_abril_2016

Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo manteve no início de 2016 o fraco desempenho registrado no ano anterior e, em janeiro, alcançoufaturamento real de R$ 44,1 bilhões, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2015, quando faturou R$ 46,3 bilhões. Esse é o menor movimento de vendas do varejo paulista para o mês desde 2010. 

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas as do Litoral paulista (8,3%) e de Marília (1,3%) apresentaramcrescimento em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais recuaram nas vendas do varejo, sendo Osasco (-12,6%) a que teve o pior desempenho estadual.

Das nove atividadesexaminadas, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com sete pontos percentuais para o declíniodo varejo na totalidade do Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (8,1%) e supermercados (6,1%) foram os únicos que mostraramresultados positivos no período e colaboraram 2,4 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e declínionos indicadores de emprego e renda, acompanhada pela elevação do endividamento e da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas para tirar o País de uma das crises mais graves de sua história. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, diante das incertezas econômicas e políticas, tudo indica que o varejo, ao menos no primeiro semestre do ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança dos consumidores e empresários em geral. Com isso, as estimativas apontam para uma queda acumulada ao redor de 6% nesses primeiros seis meses de 2016. 

A Entidade pondera ainda que o mais preocupante na crise política atual é a demora em se avançar em medidas que possibilitem a retomada do crescimento. Afinal, quanto maior for o prazo para resolução dos impasses atuais, mais graves se tornarão os problemas econômicos internos. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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