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Negócios

Como gerenciar o crédito e evitar armadilhas financeiras em um ambiente de juros crescentes

Confira as nove recomendações da FecomercioSP para otimizar recursos, planejar investimentos e manter a saúde financeira do seu negócio

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Como gerenciar o crédito e evitar armadilhas financeiras em um ambiente de juros crescentes
O crédito ideal é aquele destinado a projetos que buscam melhorias e desenvolvimento do negócio, como aumentar a produtividade ou expandir operações (Arte: TUTU)

Com a recente alta dos juros no Brasil e as projeções de que a taxa Selic possa alcançar 15% ao ano até o fim de 2025, muitos empresários estão se perguntando como podem continuar a crescer e manter suas operações sem comprometer a saúde financeira de seus negócios. O aumento do custo de crédito e a elevação da inadimplência em segmentos como capital de giro rotativo superior a um ano (5,03%) e cartão de crédito rotativo (32,35%) tornam essa tarefa ainda mais complicada. 

Confira, a seguir, algumas dicas práticas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) para ajudar o empresário a navegar nesse cenário. 

1. Avalie a necessidade real de crédito

Antes de buscar linhas de crédito, é crucial que analise se realmente precisa desses recursos — e pergunte-se se é possível gerar capital sem se endividar, por exemplo, por meio da liquidação de estoques, venda de ativos não essenciais, ou até mesmo buscando um investidor ou sócio. Evitar o endividamento desnecessário pode ser fundamental para manter a saúde financeira do negócio.

2. Entenda a finalidade do crédito

Se a obtenção de crédito for inevitável, compreenda claramente a finalidade desses recursos. Identifique se o crédito é necessário para cobrir uma lacuna de capital de giro, pagar fornecedores ou despesas operacionais, ou se é para financiar um projeto de expansão ou melhoria. Linhas de crédito específicas, como aquelas para aquisição de bens, geralmente têm juros menores do que as de alta disponibilidade, como capital de giro, cheque especial ou cartão de crédito rotativo.

3. Calcule o valor necessário com precisão

Estime cuidadosamente o valor do crédito necessário, considerando uma margem de segurança. Um cálculo inadequado pode levar à necessidade de uma segunda linha de crédito, o que aumentaria ainda mais os custos financeiros.

4. Pesquise e compare instituições financeiras

Examine as opções disponíveis e compare as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras. Considere os juros mensais e anuais, prazos de pagamento, carências, custo efetivo total, exigência de garantias e outros trâmites burocráticos. Verifique também a disponibilidade de linhas de crédito vinculadas a fundos garantidores públicos, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o Procred 360 e o Acredita no Primeiro Passo, que podem oferecer condições mais favoráveis.

5. Pondere a capacidade de pagamento

Antes de assinar um contrato de crédito, faça um exercício prévio sobre a capacidade do caixa da empresa em honrar as parcelas. Considere que essas parcelas, que incluem juros, se somarão aos outros custos mensais do negócio. Se o objetivo do crédito for o de cobrir uma lacuna de capital de giro ou outras despesas cotidianas, sem aumentar as receitas, será necessário gerar mais faturamento com os mesmos recursos da empresa — humanos e materiais — para cobrir o custo adicional.

6. Planeje para desenvolver projetos de expansão

O crédito ideal é aquele destinado a projetos que buscam melhorias e desenvolvimento do negócio, como aumentar a produtividade ou expandir operações. Para necessidades de curto prazo, faça uma análise criteriosa a fim de entender a causa da dificuldade financeira e busque soluções que não comprometam a estabilidade do negócio.

7. Gerencie estoques e prazos de pagamento

Um dos principais erros de gestão é imobilizar muito capital em estoques, o que pode levar à falta de liquidez e à necessidade de crédito para capital de giro. Organize e controle diariamente as vendas, margens e giro de mercadorias, para atender às demandas dos clientes com a disponibilidade de estoque.

8. Alinhe os prazos de pagamento e venda

Um fator comum que leva à necessidade de capital de giro e, consequentemente, à busca por crédito, é a falta de atenção aos prazos de pagamento dos fornecedores em relação ao prazo de venda das mercadorias para o consumidor final. Muitas vezes, os prazos de pagamento dos fornecedores são mais curtos do que o tempo necessário para vender os produtos, resultando em lacunas de caixa e necessidade de recursos adicionais para cobrir essa falta de liquidez temporária. Para evitar esse problema, é crucial negociar prazos de pagamento mais longos com os fornecedores, alinhando-os ao ciclo de venda das mercadorias.

9. Evite misturar finanças pessoais e empresariais

Embora as taxas de juros para pessoas jurídicas sejam menores do que para pessoas físicas, realizar empréstimos em nome da empresa para cobrir necessidades pessoais pode comprometer o fluxo de caixa do negócio e prejudicar o resultado líquido final. Mantenha as finanças pessoais e empresariais separadas para evitar problemas futuros.

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