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27/01/2025Como identificar e se proteger dos principais crimes digitais?
Confira dicas fundamentais para evitar golpes financeiros e resguardar os dados pessoais
O aumento das transações online está proporcionando um terreno fértil para hackers e golpistas. Esses agentes mal-intencionados aproveitam o crescimento no volume de compras e pagamentos digitais para aplicar golpes, roubar dados e causar prejuízos substanciais a indivíduos e empresas.
Veja, a seguir, os principais crimes digitais que afetam as empresas e os consumidores.
Phishing: um dos golpes mais comuns no ambiente digital, envolve o envio de e-mails ou mensagens fraudulentas que imitam empresas ou instituições confiáveis. Os criminosos utilizam linguagem persuasiva e aparência visual profissional para enganar a vítima, induzindo-a a clicar em links maliciosos ou a fornecer informações sensíveis, como senhas, números de cartão de crédito ou informações bancárias. Muitas vezes, essas mensagens criam um senso de urgência, alegando problemas em contas ou oferecendo vantagens exclusivas para aumentar a chance de sucesso do golpe.
Falsas promoções: ofertas extremamente sedutoras e irreais são usadas para atrair consumidores a sites falsos. Essas promoções, muitas vezes divulgadas por meio de redes sociais, e-mails ou mensagens instantâneas, prometem preços muito abaixo do mercado para produtos desejados. O objetivo é induzir as vítimas a pagar por mercadorias que nunca serão entregues ou a compartilhar informações pessoais e financeiras, que podem ser usadas em golpes futuros.
Páginas falsas e contatos fraudulentos: criminosos criam páginas que imitam sites oficiais de empresas, instituições financeiras e plataformas governamentais. Além disso, enviam mensagens fraudulentas, se passando por organizações confiáveis, para oferecer benefícios inexistentes, como linhas de crédito facilitadas ou renegociações de dívidas. O principal objetivo desses golpes é capturar dados pessoais, como dados bancários, ou induzir as vítimas ao pagamento de valores indevidos, muitas vezes explorando a confiança e o senso de urgência.
Roubo de dados em Wi-Fi público: a utilização de redes públicas para transações financeiras ou acesso a contas pode expor os dados do usuário a ataques de interceptação. Criminosos podem utilizar técnicas, como o ataque man-in-the-middle, que permitem monitorar e capturar informações transmitidas pela rede, incluindo senhas, dados bancários e informações de contas. Realizar transações financeiras ou acessar contas sensíveis em redes Wi-Fi públicas, especialmente sem o uso de ferramentas de segurança (como uma VPN), aumenta significativamente o risco de roubo de dados.
Clonagem de cartões: hackers utilizam malwares ou dispositivos como skimmers instalados em terminais de pagamento para capturar informações de cartões de crédito e débito. Esses dispositivos copiam dados da tarja magnética ou do chip, permitindo que os criminosos realizem transações fraudulentas ou revendam as informações no mercado ilegal. Esse tipo de golpe é comum em locais com grande circulação, como postos de gasolina, caixas eletrônicos e máquinas de pagamento em estabelecimentos comerciais.
Fraudes em aplicativos de pagamento: com o aumento do uso de aplicativos de transferência e pagamento instantâneo, também crescem os golpes relacionados às falsas cobranças, nas quais os golpistas enviam solicitações de pagamento alegando débitos inexistentes, e ao roubo de contas, que ocorre por meio de técnicas como phishing ou engenharia social. Os criminosos frequentemente induzem as vítimas a compartilharem códigos de verificação ou credenciais de acesso, permitindo que acessem as contas e façam transferências indevidas.
Como se proteger?
Desconfie de ofertas milagrosas: verifique a legitimidade das promoções em sites confiáveis e suspeite de preços muito abaixo do mercado.
Verifique remetentes e links: antes de clicar, acessar ou fornecer informações, certifique-se de que o canal seja confiável. Links fraudulentos geralmente apresentam erros ortográficos ou domínios incomuns ou estranhos.
Evite redes Wi-Fi públicas: para transações financeiras, prefira redes privadas e seguras. Se necessário, use uma rede privada virtual (VPN) — que oferece um serviço de conexão segura entre um dispositivo e um servidor remoto, criptografando os dados e mascarando o endereço IP do usuário — para acessar dados sensíveis em redes públicas.
Atualize os dispositivos: mantenha os sistemas operacionais, aplicativos e navegadores atualizados para corrigir vulnerabilidades exploradas por hackers.
Use autenticação de dois fatores (2FA): adicione uma camada extra de segurança.
Evite compartilhar dados por telefone ou mensagens: bancos e empresas de serviços geralmente não solicitam informações pessoais por esses meios.
Monitore contas e transações: acompanhe regularmente o extrato bancário e os movimentos em aplicativos financeiros. Notifique imediatamente o canal em caso de atividades suspeitas.
Desconfie de contatos oferecendo benefícios financeiros: antes de aceitar qualquer oferta, entre em contato diretamente com a instituição por canais oficiais para verificar a autenticidade da proposta.
E se cair em um golpe?
Interrompa o contato: assim que perceber o golpe, cesse toda a comunicação com o golpista.
Troque as senhas: altere imediatamente as senhas de contas que possam ter sido comprometidas. Use senhas fortes e exclusivas, com letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais.
Notifique o banco ou a operadora de cartão: informe o ocorrido e solicite o bloqueio do cartão ou da conta, se necessário. Essas instituições contam com equipes especializadas para lidar com fraudes.
Registre um boletim de ocorrência: formalize a denúncia para que as autoridades competentes investiguem o caso.
Procure órgãos de defesa do consumidor: se o golpe envolver uma falsa empresa ou produto, acione entidades como o Procon para obter orientações e buscar medidas legais.
Informe as plataformas envolvidas: denuncie perfis, páginas ou sites fraudulentos em redes sociais e plataformas de comércio eletrônico. Isso ajuda a evitar que outras pessoas sejam vítimas.
A importância da conscientização
O combate aos crimes digitais exige tecnologia e conscientização dos usuários. Campanhas educativas e medidas preventivas podem reduzir os riscos e evitar prejuízos. Ao adotar boas práticas de segurança, você protege finanças, privacidade e integridade digital. Além disso, as campanhas de sensibilização para funcionários e parceiros ajudam a evitar golpes que comprometam os sistemas ou a reputação da empresa.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) preparou um e-book com estratégias para proteger a sua empresa e os seus clientes de crimes cibernéticos, disponível aqui: Proteja sua empresa contra golpes e fraudes digitais.