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Negócios

O segredo contra a crise: como inovar nos mercados de saúde e de turismo e ter acesso fácil a crédito em fintechs

Ciclo de lives traz orientações fundamentais voltadas à gestão de negócios durante o processo de retomada

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O segredo contra a crise: como inovar nos mercados de saúde e de turismo e ter acesso fácil a crédito em fintechs

Acompanhe as lives no canal da FecomercioSP no YouTube e fique por dentro das melhores estratégias para os próximos meses
(Arte: TUTU)

Há um grande mercado de crédito fora dos bancos tradicionais que podem dar mais condições às pequenas empresas atravessarem a atual crise, sem que precisem passar por um longo e burocrático processo de avaliação de crédito. As fintechs – empresas de tecnologia voltadas aos serviços financeiros – já se inserem no dia a dia dos negócios por facilitarem toda a dinâmica de pagamentos e transferências digitais. A boa notícia é que, também, o empresário pode encontrar nessas financeiras uma forma alternativa para se manter no mercado durante a retomada. 

Com mediação do consultor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze, as opções de captação de crédito em fintechs foram tema da live que abriu o segundo dia do evento O Caminho Seguro para a Retomada. Esse ciclo de webinários começou na quarta-feira (19) e se estende até esta sexta (21), com insights e orientações de gestão empresarial e um panorama do ambiente de crédito e das possibilidades de inovação. Confira o extrato da primeira live. 

Fabio Neufeld, fundador e managing director da CN Finance, fundador da fintech Kavod Lending e líder da ABFintechs, explicou as diferenças que surgem na hora em que o empresário resolve tentar o crédito em uma fintech. “Há menos burocracias e menos exigências formais. Com o uso intensivo da tecnologia, essas financeiras conseguem informações sobre a empresa e sobre os sócios que dispensam a apresentação [de uma gama] de documentos normalmente pedidos por bancos tradicionais. Cerca de 80% do processo é totalmente online”, pontua. 

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Neufeld ressalta que há uma modalidade de fintech que funciona como um marketplace de crédito, onde a empresa será apresentada para vários emprestadores de uma vez, recebendo ofertas distintas, com diferentes taxas e prazos para pagamento. “[Isso destoa do padrão do mercado], onde o empresário precisa passar por um longo processo de análise de crédito ‘off-line’ e de cadastramento que tomariam muito tempo”.  

Ele apresenta as fintechs de antecipação de recebíveis que fazem uma análise da carteira da empresa, com uma pré-aprovação em curto espaço de tempo. “O benefício nessas alternativas, muitas vezes, supera as próprias taxas, como um desembolso do recurso muito mais célere”, argumenta. “Há, também, uma série de fintechs e financeiras que fazem o ‘crédito fumaça’; por exemplo, se você vende R$ 20 mil ou R$ 30 mil por mês com determinada maquininha, eles emprestam uns R$ 50 mil para você pagar em seis ou sete parcelas [enquanto mantém fidelidade a esse serviço]”. 

As garantias pedidas pelas fintechs também tendem a ser mais simples; podem ser recebíveis que a empresa tem contra os clientes, de cartão de crédito, contratos com o cliente, estrutura de garantia imobiliária, imóveis mais ou menos líquidos, com menor valor de mercado, etc. Vale consultar as opções disponíveis para ver quais se adequam à realidade do seu negócio. 

André Sacconato, economista e consultor da FecomercioSP, ressaltou que há uma grande diferença entre pegar crédito durante  e após a pandemia. “Nesse momento de crise, o empréstimo das empresas que precisam gerar caixa e capital de giro não é necessariamente voltado para expansão ou para investimentos, mas para conseguir sobreviver. Se a empresa puder ficar mais alguns meses sem tomar crédito, tanto melhor, mas são poucos os pequenos negócios nessa situação de escolha. Temos que pensar nas fintechs nesse processo de retomada como grandes aliadas do empresário”, reforça. 

Para que você fique totalmente por dentro das opções de crédito, a FecomercioSP disponibiliza dois e-books: um detalhando as linhas de crédito do BNDES para micros, pequenas e médias empresas, e outro com uma simulação dos empréstimos nas principais fintechs do País.

Saúde mental e tecnologia convergem em um mercado com potencial 

Ainda dentro da perspectiva tecnológica, mas com um tema totalmente diverso, na segunda live, a engenheira civil Tatiana Pimenta, CEO e fundadora da Vittude, explica como criou um serviço de terapia online que ganhou o mercado ao conectar psicólogos e pessoas que procuravam especialistas. Atualmente, a plataforma liga essas duas pontas e também auxilia 70 empresas a construírem programas de saúde mental. 

Ela explica o percurso que a levou até a estruturação de um negócio totalmente novo no mercado e como o olhar sobre a realidade do País foi fundamental para esse insight empreendedor. “Há uma grande demanda por esses profissionais, mas eles estão concentrados em grandes cidades. A única forma de levar o serviço a uma boa parte da população é por meio de tecnologia, de consulta por vídeo”, afirma.

Na conversa, Tatiana conta como participar de um programa de aceleração de startup no começo foi útil para o desenvolvimento da empresa, explica suas estratégias de impulsionamento de um negócio pouco conhecido até se estabilizar no mercado, e como a identificação do público foi essencial para abrir uma nova janela de oportunidade com outras empresas. 

A empresária ainda analisa a necessidade de o empreendedor ter jogo de cintura para conseguir levar o negócio durante a fase em que ele terá mais trabalho para encontrar investidores. Segundo ela, o empresário precisará saber lidar com erros em sua estratégia, entender a estruturação de processos básicos, como o de contratação, e ainda como escolher os sócios certos. “Se eu fosse recomeçar hoje, procuraria alguém que saiba a parte técnica e convidaria para ser sócio no momento zero. Perdemos muito tempo no começo, pois não tínhamos a pessoa que era expert na parte de algoritmo. Fizemos isso com terceiros, e demorava dois meses para voltar algo pronto”, reforça. 

Se você perdeu alguma das lives do evento ou deseja vê-las novamente, pode assistir a todas aqui.

Oportunidades e soluções de digitalização no turismo 

O modo como a inovação tecnológica está guiando o setor do turismo no processo de retomada foi tema da terceira live dessa quinta, com Paulo Rezende, diretor comercial da Amadeus na América do Sul, e com Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo FecomercioSP. A Amadeus é uma gigante no ramo de tecnologia voltada ao segmento de viagens, presente em 195 países. 

“A digitalização das empresas foi impressionante nos últimos meses. Muitas agências repensaram tarefas que eram feitas de forma manual, se preocuparam muito com automação ou eliminação de processos, identificaram o que realmente é importante”, pontua Paulo Rezende.

Mariana comenta a adoção de inteligência artificial como uma forma de agilizar a comunicação com o consumidor, algo que também pode ser adotado pelo pequeno negócio. “O fato de a empresa conseguir contratar um atendimento em bot para todos que interagem com seu perfil nas redes sociais, ou para medir quem está mencionando seu produto nas redes para gerar um engajamento inteligente, é algo que pode ser feito de forma muito mais barata do que há alguns anos”, reforça. 

O Caminho Seguro para a Retomada

O evento “O Caminho Seguro para Retomada” reuniu especialistas em lives sobre três diferentes frentes: a inovação dos negócios, a gestão empresarial para a retomada e o acesso ao crédito para a sustentabilidade financeira – fatores essenciais, neste momento, à permanência de qualquer negócio no mercado.

A iniciativa da FecomercioSP teve como objetivo orientar e facilitar a vida do empresário nesse período de crise em que a disseminação de conteúdo e informação e a troca de experiências são vitais para a manutenção dos negócios. Confira mais:

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