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Legislação

Complexidade tributária é a principal barreira para o e-commerce

Especialistas debateram desafios, tendências e características do comércio eletrônico em evento da FecomercioSP

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Complexidade tributária é a principal barreira para o e-commerce

Vice-presidente da Câmara e.net alerta quanto a tendência de informalidade de empresas
(Fernando Nunes)
Por Deisy de Assis

Uma grande barreira para as empresas de comércio eletrônico no Brasil são as complicações geradas pela tributação. Especialistas apontaram os danos que este entrave acarreta ao setor durante o evento “A dimensão do e-commerce no varejo brasileiro”, realizado nesta quarta-feira pela FecomercioSP, ocasião em que também foi apresentado o Índice de Desempenho FecomercioSP/E-bit das Empresas de Comércio Eletrônico, um estudo inédito da Federação.

“Por causa da complexidade tributária, principalmente neste momento de crise econômica e política, espera-se que ocorram desvios para a informalidade e fechamento de empresas”, lamentou o vice-presidente da Câmara e.net, Leonardo Palhares.

O argumento do especialista está relacionado às mudanças nas regras de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sem um plano estratégico ou a consulta ao setor sobre os possíveis impactos que a medida poderia causar.

A gerente sênior executiva e diretora da Ernst & Young, Anny Matumura, explicou sobre a mudança no recolhimento do tributo estabelecida pela Emenda Constitucional 87/2015, que altera a forma de cobrança do imposto em casos de compras em que o consumidor esteja em um Estado e o fornecedor do produto seja de outra localidade. “Será muito difícil fazer o enquadramento de alíquota para cada um dos Estados e, dada a complexidade, muitos negócios podem restringir a abrangência das vendas.”

Mobile

De acordo com Leandro Alves, gerente de shopper experience no eFacil.com.br, no campo dos negócios do e-commerce, o desafio é criar estratégias para acompanhar as tendências de uso da internet móvel.

“Sem investimento em marketing estratégico, não há vendas. É preciso planejamento”, argumentou Pedro Guasti, presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP.

A importância desta adaptação do mercado de varejo online é reafirmada com base em dados da E-bit, apresentados pelo diretor executivo da empresa, André Dias. Segundo as pesquisas, as compras online feitas a partir de equipamentos mobile passaram de 5,5 % do total do comércio eletrônico em 2014, para 10% este ano.

A tendência que já é observada fora do País é de uma influência da internet nas compras nas lojas físicas, e as lojas físicas contribuindo para as compras virtuais. “As barreiras entre online e offline são rompidas e o mobile tem papel fundamental nessa relação”, argumenta Dias.

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