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Editorial

Confiança do consumidor paulistano cresce 6,9% após fim do processo de impeachment

Segundo a FecomercioSP, indicador alcançou 107 pontos em setembro, maior valor desde fevereiro de 2015

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São Paulo, 13 de setembro de 2016 - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo subiu pelo segundo mês consecutivo, mostrando que a definição do processo de impeachment foi considerada um fator positivo pelos consumidores. Em setembro, o ICC apresentou alta de 6,9% em relação ao mês anterior ao passar de 100,0 para 107,0 pontos. É a maior pontuação registrada desde fevereiro de 2015 e representa um crescimento de 25,1% em relação a setembro do ano passado, quando o indicador atingiu 85,5 pontos.

O ICC é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e pelo Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa pessimismo e acima de 100, otimismo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o aumento da confiança no período pós-impeachment demonstra o sentimento de que a paralisia econômica imposta pela política estava dificultando ainda mais a atividade produtiva do País, que já vinha enfraquecida há mais de dois anos. 

O otimismo do consumidor cresceu em setembro graças ao aumento de 7,3% no ICEA   índice que mede a percepção sobre as condições econômicas atuais e passou de 54,7 pontos em agosto para 58,7 pontos neste mês. No comparativo anual, porém, o subíndice ainda é 1,9% menor quando cotejado com os 59,8 pontos apurados em setembro de 2015. O grupo que mais influenciou o resultado foi o de consumidores com renda superior a dez salários mínimos, que registrou alta de 13,9% ao passar de 57,1 pontos em agosto para 65,1 pontos em setembro. O ICEA dos consumidores com renda inferior a dez salários mínimos também subiu, porém em ritmo menor, com aumento de 4% em relação a agosto.

O IEC, outro componente do ICC, avançou pelo quinto mês consecutivo. O indicador subiu 6,8%, passando de 130,3 pontos em agosto para 139,1 pontos em setembro - maior pontuação desde outubro de 2013 -, o que representa alta de 35,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o subíndice marcava 102,7 pontos. Na comparação entre as faixas de renda, a confiança dos consumidores com renda superior a dez salários mínimos cresceu 9,9% ao passar de 134,5 pontos em agosto para 147,8 pontos em setembro. Já o IEC dos consumidores com renda inferior a dez salários mínimos registrou elevação de 5,2%, passando de 128,3 em agosto para 135,1 pontos no mês atual.

Segundo a FecomercioSP, o resultado geral do ICC em setembro consolida um avanço da confiança depois de uma leve queda registrada no mês de julho. O avanço do indicador foi generalizado, com todos os subíndices e segmentações crescendo em setembro em relação a agosto. 

Assim como a confiança do consumidor, a confiança dos empresários e outros indicadores antecedentes também vêm surpreendendo positivamente com altas disseminadas. Para a FecomercioSP, já existem sinais mais concretos de que o segundo semestre deste ano será melhor que o primeiro. No entanto, a recuperação do nível de atividade de maneira mais sólida e duradoura depende das reformas fiscais propostas, que são fundamentais para a queda dos juros e para a retomada do ciclo de consumo. 

Metodologia

O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os resultados são segmentados por nível de renda, gênero e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas. 

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index (CCI), índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central dos Estados Unidos.

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