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Imprensa

Confiança do consumidor paulistano volta a subir em agosto, aponta FecomercioSP

Segundo a FecomercioSP, indicador registrou alta de 0,9%, ao passar de 103,5 pontos em julho para 104,4 pontos no mês atual

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São Paulo, 28 de agosto de 2018 – Após dois meses de resultados negativos e de atingir em julho o menor patamar desde outubro de 2017, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a subir em agosto. A alta foi de 0,9% ao passar de 103,5 pontos em julho para 104,4 no mês atual. Em relação a agosto de 2017, a elevação foi de 2,9%.

O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Entre os dois quesitos que compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) foi o que motivou a leve recuperação da confiança dos paulistanos, com alta de 8,6%, passando de 76,4 pontos em julho para 83 pontos em agosto. Com isso, a pontuação ficou próxima ao período anterior à greve, de 83,8 pontos em maio, interrompendo uma série de cinco quedas seguidas. Em relação a agosto do ano passado, houve elevação de 19,8%.

O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), por outro lado, caiu 2,4% ao passar de 121,5 pontos em julho para 118,6 pontos em agosto, o menor patamar desde abril de 2016 refletindo as incertezas no cenário eleitoral. Em relação a agosto do ano passado, o índice exibiu queda de 3,5%.

Gênero e renda
Conforme o esperado, passados os efeitos inflacionários da crise de desabastecimento, principalmente dos alimentos, haveria uma melhora da percepção das condições econômicas atuais, especialmente das classes de renda mais baixa – em que o peso da alimentação sobre o orçamento familiar é maior – e das mulheres, que normalmente controlam as despesas domésticas. O ICEA dos consumidores com renda familiar de até dez salários mínimos subiu 11,8%, ao passar de 68 pontos em julho para 76 pontos em agosto, ao passo que o das mulheres avançou 12,8%, de 70,9 para 80 pontos no mesmo período.

Em relação às expectativas, o IEC dos consumidores com renda familiar acima de dez salários mínimos caiu 5,1% em relação a julho, atingindo 129,9 pontos. Na faixa de renda abaixo de dez salários mínimos, houve leve queda de 0,8% no comparativo com o mês anterior, passando de 114,2 para 113,3 pontos. A segunda maior retração foi do grupo dos homens, de 3,3%, ao passar de 125,7 pontos em julho para 121,5 pontos em agosto.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, passados os efeitos negativos da paralisação dos caminhoneiros, a confiança do consumidor mostrou sinais de retomada. Para a Entidade, o resultado só não foi melhor por causa das expectativas em relação ao futuro, que se deteriorou e refletiu as incertezas do cenário eleitoral e de qual será a política econômica adotada pelo próximo governo.

Metodologia
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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