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Imprensa

Confiança do empresário do comércio paulistano se mantém estável em junho, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Entidade, indicador registrou 104,2 pontos no mês; na comparação com junho de 2016, houve alta de 29,3%

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Confiança do empresário do comércio paulistano se mantém estável em junho, aponta FecomercioSP

Em um cenário mais favorável da atividade do comércio, estudo aponta sinais de retomada lenta e gradual nas vendas  (Arte: TUTU)

Após o novo capítulo da crise política que se instaurou no País em maio, a confiança do empresário do comércio paulistano não foi abalada e se manteve estável em um patamar otimista. Em junho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou estabilidade (-0,1%), ao alcançar 104,2 pontos. Na comparação com junho do ano passado, o índice cresceu 29,3%.Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Na segmentação por porte, houve um aumento de 5,8% na confiança das empresas com mais de 50 funcionários, ao passar de 106,7 pontos em maio para 112,8 pontos em junho; enquanto a confiança dos empresários de companhias com menos de 50 colaboradores registrou leve queda (-0,2%), passando de 104,2 pontos para os atuais 104 pontos. Na comparação anual, tanto grandes quanto pequenas empresas apresentaram altas, de 42,1% e 29%, respectivamente.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, pode-se dizer que os empresários estão em estado de atenção em razão do ambiente político muito mais tenso, desde meados de maio, em decorrência dos acontecimentos ao longo de 2017. Não há como negar que o ambiente econômico está mais propício aos negócios neste ano, mas, por outro lado, a variável política teima em colocar obstáculos arenosos ao desenvolvimento natural das atividades empresariais no Brasil.

Indicadores

As percepções médias atuais dos empresários voltaram a melhorar na passagem de maio para junho. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC),um dos componentes do ICEC, registrou alta de 2,4% ao passar de 75 pontos em maio para 76,8 pontos em junho. No comparativo anual, o índice avançou 90,3%, quando o indicador marcava 40,4 pontos. Já as percepções em relação ao futuro caíram, como pode ser visto no Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que registrou queda de 0,8%, ao passar de 149,1 em maio para 147,9 pontos em junho, e alta de 16,5% em relação a junho do ano passado.

De acordo com a FecomercioSP, de uma maneira geral, a queda da inflação tem levado à estabilização da renda, que, aliado à queda dos juros, abre expectativa para melhoria de condições de crédito das famílias - refletido nas avaliações atuais. A queda da confiança em relação ao futuro, segundo a Entidade, denota a insegurança com o cenário político cada vez mais instável, com novos escândalos no governo, o que coloca em risco a aprovaçãodas reformas extremamente necessárias para o futuro econômico do País.

O indicador responsável por medir a propensão por novos investimentos, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que vinha apresentando sinais de recuperação nos três últimos meses, voltou a registrar queda de maio para junho, ao cair 0,9%, passando de 88,7 para os atuais 87,8 pontos. Na comparação anual, o IIEC apresentou alta de 18%.Ainda assim, observando os aspectos analisados, os últimos resultados do ICECmostram que os empresários começam a enxergar sinais de retomada lenta e gradual do ritmo das vendas, em um cenário de desempenho mais favorável da atividade do comércio, ao que tudo indica, de acordo com a Federação, que se consolide na segunda metade do ano.

Nota metodológica

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas com 600 empresários na capital, em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). 

As questões agrupadas formam o ICEC, que por sua vez pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação atual e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana. 

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