Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Confiança do empresário do varejo continua em queda livre e atinge 77,5 pontos em julho, o pior nível desde 2011

Ajustar texto A+A-

São Paulo, 11 de agosto de 2015 - A crise econômica segue desestimulando o empresário do comércio paulistano e, consequentemente, causando ainda mais insegurança ao mercado. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) continua a trajetória de queda pelo oitavo mês consecutivo e, na comparação com julho, caiu 3,9%, ao passar de 80,6 pontos para 77,5, menor nível da série histórica iniciada em março de 2011. Em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o índice somou 98,6 pontos, o decréscimo foi ainda maior, de 21,4%.
 
O ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total) e é medido mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Segundo a Entidade, o cenário é reflexo do aumento dos custos e das sucessivas quedas das vendas do varejo somados à falta de perspectiva de melhora. Para a Federação, de fato não há expectativa de recuperação a curto prazo e a economia permanecerá em retração ao longo do segundo semestre, especialmente diante da dificuldade de implementação de ajustes macroeconômicos por parte do Governo.
 
A FecomercioSP prevê para 2015 uma queda do PIB entre 1,5% e 2%, câmbio acima de R$ 3,40, e inflação de mais de 9% em 2015.
 
Indicadores
As percepções dos empresários em relação ao momento atual estão cada vez mais desanimadoras. Entre os três componentes do ICEC, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi novamente o que apresentou a maior retração (8%) e passou de 41,9 em junho para 38,6 pontos em julho.
 
Na mesma direção, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) declinou 3,7% e foi de 78,2 para 75,2 pontos O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio, por sua vez, retraiu 2,7% e passou de 121,8 pontos para 118,6.
 
Na análise por porte, existe uma leve divergência na baixa da confiança entre grandes e pequenas empresas. A variação do índice para as com mais de 50 funcionários apresentou maior queda do que para pequenas, quando comparado com o mesmo período do ano anterior (23,2%). Na comparação mensal, ele passou de 83,6 pontos em junho para 82,4 em julho. Já para as empresas com até 50 empregados a retração anual foi de 21,4% e o indicador passou de 80,6 em junho para 77,3 pontos em julho.
 
Para a assessoria econômica da FecomercioSP, mesmo com a atual diferença no índice para empresas de portes diferentes, a tendência é que a confiança permaneça baixa para ambas.
 
Nota metodológica
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas com 600 empresários na capital, em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que por sua vez pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

Fechar (X)