Ano é marcado por deterioração relevante nas condições de gestão das dívidas em diversas capitais
(Arte: TUTU)

Num ano marcado pela pandemia, além da crise financeira gerada nos negócios, o nível de endividamento dos brasileiros também foi profundamente afetado. Ao longo do primeiro semestre de 2020, o número de famílias endividadas nas capitais subiu a um ritmo seis vezes maior do que o crescimento do próprio volume de novas famílias. 

A situação é detalhada no podcast da FecomercioSP, que examina a mais recente radiografia do nível de endividamento das famílias brasileiras – realizada pela Federação desde 2010. 

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“Há uma clara deterioração da saúde financeira das famílias em relação a seus empréstimos, ante o primeiro semestre de 2019. Nunca houve uma convergência de alta de tantos fatores negativos afetando a gestão de crédito e de finanças num mesmo período”, relata Altamiro Carvalho, assessor econômico da FecomercioSP. 

Ele resume tal convergência: “Há mais inadimplência, mais contas em atraso, maior comprometimento da renda mensal e, ainda, uma expansão da quantidade de famílias que acham que não conseguirão pagar as dívidas em atraso, ou sem condições de quitar os débitos no curto prazo”. Isso deixa claro ao empresário que os consumidores estão com menos capacidade para acessar crédito, o que pode comprometer o pagamento das contas.

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