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Imprensa

Custo de vida desacelerou na RMSP e aliviou renda das famílias, segundo FecomercioSP

Lares com maior poder aquisitivo foram mais afetados em agosto; no acumulado do ano, pressão é maior para as casas com menor poder aquisitivo

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A redução nas taxas da conta de energia elétrica e a diminuição da inflação nos alimentos aliviou o bolso das famílias e reduziu o custo de vida, em agosto. Segundo a pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), produzida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice desacelerou de 0,47%, em julho, para 0,21% no mês seguinteatingindo mais os lares com maior poder aquisitivo [gráfico 1]. 


[GRÁFICO 1]

Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (CVCS)

Série histórica — julho de 2025

Fonte: IBGE/FecomercioSP


Segundo a FecomercioSP, a moderação no custo de vida é positiva, pois contribui para a recomposição da renda e para a melhoria do poder de compra da população, gerando reflexos favoráveis para a economia nos próximos meses. O cenário permanece otimista, com a queda nos preços dos supermercados, a redução no valor dos combustíveis e os reservatórios de água em bom nível, o que diminui a chance de acionamento das bandeiras tarifárias mais caras.

Educação pressionou renda das famílias

Na análise por faixa de renda, as famílias dos estratos mais altos foram as mais impactadas em agosto: a classe A apontou alta de 0,26% no custo de vida, enquanto a classe B, uma expansão de 0,29%, ao passo que a classe E registrou alta de 0,05% e a classe D, de 0,02% [tabela1].

[TABELA 1]

Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo

Variação por classes sociais — julho de 2025

Fonte: IBGE/FecomercioSP



Entre os grupos, a educação exerceu a maior pressão de alta em agosto, com variação de 1,12%. Os reajustes foram puxados principalmente por cursos de idioma (2,8%) e ensino superior (2,6%). Apesar do avanço, os aumentos têm caráter sazonal e não devem gerar novas pressões nos próximos meses.

Em seguida, o vestuário apresentou elevação de 0,83%, com maiores reajustes observados na camisa infantil (3,8%), no sapato feminino (2,6%) e na lingerie (2,1%) — comportamento semelhante em todas as faixas de renda.

O grupo de habitação, por sua vez, contribuiu para a desaceleração do índice, ao recuar 0,09%, resultado do bônus na conta de energia elétrica — reduzindo em 3,6% o item. O efeito foi mais favorável para as famílias de menor renda, com quedas de 0,34%, na classe E, e de 0,5%, na classe D. Já entre as famílias de maior poder aquisitivo, houve alta de 0,47%, influenciada pelo encarecimento dos materiais de construção, como revestimento de piso e cimento (3,6%), além de tijolos e itens hidráulicos.

No grupo de alimentação e bebidas, a variação foi positiva em 0,19%. Nos supermercados, houve leve deflação de 0,06%, enquanto as refeições fora de casa registraram alta de 0,55%, pressionando mais o orçamento dos lares de maior renda — 0,37%, na classe A, contra 0,03%, na classe E. Nos alimentos, os destaques ficaram por conta das quedas expressivas nos preços do mamão (-13,6%), do tomate (-10,5%) e da batata-inglesa (-5,6%), além da estabilidade no arroz e do recuo de 1,5% no feijão.

[TABELA 2]

Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo

Variação por classes sociais — Acumulado de 12 meses

Fonte: IBGE/FecomercioSP

No acumulado de 12 meses, o custo de vida foi mais elevado para as classes de menor poder aquisitivo, com altas de 6,56%, na classe E, e 6,47%, na classe D. Entre as classes mais altas, as variações ficaram em 5,41%, para a classe B, e 5,46%, para a classe A. Essa diferença ocorre porque, nas famílias de menor renda, os gastos se concentram nos grupos de despesas que têm maior peso no orçamento [tabela 2].

Nota metodológica

CVCS

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na Região Metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008–2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.

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