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Economia

Custo de vida na região metropolitana de São Paulo sofre queda de 0,36% em novembro, a maior de 2018

De acordo com a FecomercioSP, segmento de transporte foi o principal responsável pela desaceleração do custo de vida

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Custo de vida na região metropolitana de São Paulo sofre queda de 0,36% em novembro, a maior de 2018

As classes D e E foram as que mais sentiram o recuo dos preços no mês
(Arte: TUTU)

Após duas altas consecutivas, o custo de vida na região metropolitana de São Paulo caiu 0,36% em novembro, a maior queda de 2018. Contudo, no acumulado do ano, o indicador registrou variação positiva de 3,14%, e nos últimos 12 meses, a elevação foi de 3,91%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Entre as nove categorias que compõem o indicador, quatro sofreram variação negativa em novembro. Destaque para transporte (-0,78%), que, ao contrário de outubro, quando apontou a maior alta, desta vez foi a principal contribuição de baixa no resultado no mês. Contudo, de janeiro a novembro, acumulou variação positiva de 3,06%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,87%.

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O segmento de saúde também influenciou na queda do custo de vida, com baixa de 0,90%. No acumulado de 2018, apontou altas de 2,60% e de 3,09% (nos últimos 12 meses). O grupo ficou abaixo da média geral dos preços para ambos os períodos.

Na segmentação por renda, as classes A e B foram as que menos sentiram o recuo dos preços em novembro, encerrando o mês com quedas de 0,08% e 0,26%. As classes D e E foram as mais favorecidas em novembro, com recuos de 0,59% e 0,53%, respectivamente.

IPV
O Índice de Preços no Varejo (IPV) sofreu queda de 0,80% em novembro, o maior recuo desde julho deste ano. Contudo, no acumulado do ano, houve alta de 2,67%, e nos últimos 12 meses, apontou acréscimo de 3,37%. No mesmo período de 2017, os preços dos produtos mostravam uma alta média de 1,59%.

Dos oito segmentos que compõem o IPV, cinco encerraram o mês com queda em seus preços médios no comparativo com outubro: transportes (-1,29%); saúde e cuidados pessoais (-2,13%); alimentação e bebidas (-0,65%); vestuário (-0,52%); e educação (-0,04%).

Ao contrário de outubro, o segmento de transportes foi o principal responsável pela baixa dos preços em novembro (-1,29%). No entanto, no acumulado em 12 meses, apontou alta de 6,12%. Em 2018, verificou-se acréscimo de 4,8%. Destaques para os subgrupos automóvel novo (-0,64%); óleo lubrificante (-0,40%); acessórios e peças (-2,85%); pneu (-0,29%;, gasolina (-3,72%); e óleo diesel (-0,07%). A assessoria econômica da FecomercioSP já havia alertado sobre o recuo nos preços dos combustíveis nos meses anteriores, em virtude dos anúncios da Petrobras de redução no preço do componente energético.

O grupo de saúde e cuidados pessoais também sinalizou preços mais baixos em novembro, com queda de 2,13%. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 1,29%. No acumulado de 2018, a baixa foi de 1,47%. Os principais destaques foram vistos em analgésico e antitérmico (-0,21%); vitamina e fortificante (-1,93%); hormônio (-1,85%); psicotrópico e anorexígeno (-0,49%); produto para pele (-11,97%); produto para unha (-1,60%); perfume (-7,08%); sabonete (-2,18%); e artigos de maquiagem (-6,14%).

Na segmentação do IPV por faixa de renda, as classes D e C foram as mais beneficiadas, com recuos de 0,91% e 0,86%, respectivamente. Já as classes E e B terminaram, ambas, em novembro com baixa de 0,76%.

IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) subiu pelo terceiro mês consecutivo, com leve alta de 0,10% em novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, os serviços obtiveram variação positiva de 4,46%. No acumulado de 2018, houve uma elevação de 3,61%. Considerando os dados de 2017, o indicador apontou aumentos de 0,58% no mês e de 5,58% nos últimos 12 meses, findos em novembro do ano passado.

Dos oito segmentos que compõem o IPS, apenas habitação registrou recuo (-0,87%) em novembro ­– a principal influência foi a queda de preço na energia elétrica residencial de 5,32%. Contudo, nos últimos 12 meses, habitação obteve acréscimo de 4,71%, e, em 2018, a alta foi de 4,73%. Por outro lado, comunicação e educação se mantiveram estáveis em comparação a outubro. Os outros seis grupos encerraram com variação positiva em seus preços médios.

O segmento de alimentação e bebidas foi o principal a puxar a alta dos preços, com aumento de 1% em novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apontou acréscimo de 4,82%, e, em 2018, a alta foi de 3,22%. Os subgrupos que se destacaram foram: refeição (1,21%); lanche (0,31%); café da manhã (1,26%); refrigerante e água mineral (0,62%); cerveja (0,92%); e doces (0,68%).

Na segmentação do IPS por faixa de renda, as classes A e B foram as que mais sentiram as variações, com altas de 0,36% e 0,19%, respectivamente. Já para as classes E e D, o IPS apontou decréscimos de 0,18% e 0,12%, consecutivamente.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, influenciado pelo preço dos produtos, o custo de vida na cidade de São Paulo caiu em novembro. Entretanto, mesmo com a desaceleração dos preços médios, ainda há alta real de preços em grupos que são essenciais para o orçamento familiar (alimentação, habitação, transportes e educação), e isso restringe, inevitavelmente, a renda das famílias de renda mais baixa.

Segundo a Entidade, ainda é esperado alguma pressão nos preços dos alimentos em dezembro, principalmente por haver uma procura maior por itens importados que são utilizados nas festividades de fim do ano, o que está registrado na avaliação da série histórica. A Federação lembra que o medidor oficial da inflação (IPCA-IBGE) deve fechar o ano com alta próxima a 4%, dentro da meta estipulada pelas autoridades monetárias.

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