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01/02/2017Custo de vida na Região Metropolitana encerra 2016 com alta de 6,59%, aponta FecomercioSP
De acordo com a Entidade, a principal contribuição para o resultado foi do grupo Alimentação e bebidas, que fechou o ano com alta de 8,42%
São Paulo, 01 de fevereiro de 2017 - O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo subiu 0,45% em dezembro ante os 0,34% notados em novembro. Com isso, a alta no custo de vida acumulada no ano de 2016 foi de 6,59%, abaixo do resultado observado em 2015, quando a elevação foi de 11,56%. Os dados são da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De janeiro a dezembro de 2016, os setores de Alimentação e bebidas (8,42%) e Saúde e cuidados pessoais (12,23%) foram os principais motivadores da alta no custo de vida. Em dezembro, os dois segmentos apresentaram elevação de 0,38% e 0,56%, respectivamente. Outros grupos que também contribuíram para o resultado do CVCS em dezembro foram Transportes (1,69%) e Despesas pessoais (0,91%) que também assinalaram elevação em seus preços médios na comparação com novembro.
As classes D, E e C foram as que mais sentiram os aumentos nos preços em dezembro, com altas de 0,65%, 0,59% e 0,50%, em seus custos de vida, respectivamente. Já as classes A e B foram menos impactadas pela alta dos preços e encerraram o mês com variação positiva de 0,28% e 0,31%, respectivamente.
IPV
O Índice de Preços do Varejo (IPV) encerrou o ano de 2016 com acréscimo de 6,34%, já em 2015 a alta havia sido de 10,26%. Em dezembro o indicador registrou variação positiva de 0,29%.
Dentre os oito grupos que compõem o indicador, três segmentos registraram variação negativa em dezembro: Habitação (-0,07%), Artigos de residência (-1,09%) e Vestuário (-0,21%). Ao longo do ano, nenhum dos grupos apresentou variação negativa, sendo que quatro deles apontaram alta real de preços, ou seja, acima da média da inflação: Alimentação e bebidas (9,43%), Saúde e cuidados pessoais (11,86%), Despesas pessoais (13,94%) e Educação (7,52%).
Na categoria de Alimentação e bebidas, vale ressaltar que no acumulado do ano, as variações mais contundentes são em Arroz (13,90%), Feijão carioca (47,66%), Frutas (21,53%), Pescados (14,48%) e Leites e derivados (14,28%).
IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) registrou aumento de 0,62% em dezembro, ante a alta de 0,76% em novembro. O indicador encerrou o ano com acréscimo de 6,86%, bem abaixo do observado em 2015, cuja variação foi de 12,93%.
Entre os nove grupos que integram o medidor de preços dos serviços, dois apresentaram variação negativa: Habitação e Artigos de residência, ambos com -0,38%. Por outro lado, no período compreendido entre janeiro a dezembro de 2016, há quatro setores que apresentam alta real de preços: Alimentação e bebidas (6,90%), Transportes (7,94%), Saúde de cuidados pessoais (12,66%) e, por fim, Educação (7,95%).
Segundo a FecomercioSP, com o resultado observado em dezembro, os preços praticados no varejo claramente seguem em trajetória mais estável que em 2015, mesmo ainda havendo uma dispersão de quedas menor na margem, ou acumulando elevações consecutivas no dado mensal. Com os preços mais controlados, há espaço para haver redução na taxa de juros básica e isso deve ajudar a consolidar o processo de recuperação da economia.
Ainda de acordo com a Entidade, muitas estimativas de mercado apontam que, neste ano, a inflação medida pelo IPCA deverá se manter bastante próxima à meta inflacionária de fato, que é 4,5%. Isso porque é muito provável que os preços sigam com desempenho controlado, sem grandes flutuações em 2017, especialmente porque os alimentos não devem exercer tanta pressão, tendo em vista a safra recorde a ser colhida. Para a Federação, com melhores condições da oferta nos alimentos, há uma restrição orçamentária menor e isso tende a ocasionar preços mais modestos no varejo.
Metodologia
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV 181 produtos de consumo.
As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.
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