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Negócios

Desenrola: redução do endividamento abre espaço para mais consumidores ativos na economia; momento é oportuno para o comércio

Expectativa é que programa governamental facilite as renegociações de mais de 70 milhões de pessoas

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Desenrola: redução do endividamento abre espaço para mais consumidores ativos na economia; momento é oportuno para o comércio
Além de ser um recurso que tem como finalidade reduzir o endividamento histórico da população brasileira, o programa não deixa de ser uma oportunidade de reinserir consumidores “nas ruas” (Arte: TUTU)

Só na cidade de São Paulo, há 2,9 milhões de pessoas com dívidas, das quais 696 mil são declaradas inadimplentes, conforme mostra os dados de julho da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A faixa de menor renda, de até dez salários mínimos, é a que mostra maior nível de inadimplência (73,8%); enquanto que 62% dos inadimplentes são consumidores com faixa de renda maior que dez salários mínimos. 

A economia passa por um momento de instabilidade desde o ano passado, fruto da inflação alta pós-pandemia, seguida por desemprego e juros altos. Cenário esse que se revela na fraca intenção de consumo, impactado pelas condições mais apertadas de crédito e pelo alto endividamento, limitando a expansão do comércio. Sendo assim, o programa recém-criado pelo governo federal, o Desenrola Brasil, surge com a promessa de melhorar as condições de renda dessas pessoas — projeto visto com bons olhos pelo comércio varejista. 

O programa emergencial busca reintroduzir parte da população com restrição de crédito de volta à economia, permitindo melhores condições para renegociações de dívidas com foco na faixa de menor renda. O público-alvo é formado por devedores de até dois salários mínimos ou que estejam inscritos no CadÚnico cujas dívidas não ultrapassem R$ 5 mil, na faixa 1. Para essa faixa, o governo concederá garantias aos credores e condições de pagamento facilitadas aos devedores. Na faixa 2, cujo público-alvo corresponde a devedores negativados com renda até R$ 20 mil, o governo dará incentivos aos bancos.

Com a adesão das cinco maiores instituições financeiras do País ao programa, a expectativa é facilitar as renegociações de mais de 70 milhões de pessoas. O ministro da Economia, Fernando Haddad, anunciou, nas suas redes sociais, que o programa completou uma semana com 2 milhões de pessoas desnegativadas, no fim do mês de julho.

A FecomercioSP estima um impacto positivo ao comércio varejista, ao projetar uma recuperação nas vendas para os próximos meses. O sucesso da implementação do programa e os recursos que poderão ser destinados às famílias é que determinarão o ritmo da retomada do consumo e, consequentemente, os reflexos no setor.

Estratégias para vender são diferenciais

O Desenrola, além de ser um recurso que tem como finalidade reduzir o endividamento histórico da população brasileira, não deixa de ser uma oportunidade de reinserir consumidores “nas ruas”, considerando que, agora, terão mais facilidade para obter crédito com as instituições financeiras. Por isso, esta pode ser uma boa hora para a sua empresa lançar mão de uma estratégia que aproveite o engajamento do programa, com o objetivo de circular o estoque e reforçar o caixa. Contudo, é importante ter cautela para não errar.

Um ponto de atenção se refere ao porcentual de desconto que o seu estabelecimento utiliza para atrair clientes, já que os métodos de pagamento devem ser considerados. Caso o desconto seja muito grande e, ainda, haja a opção de parcelamento, corre-se o risco de a venda não ser tão vantajosa, já que a loja pode ter de pagar uma taxa de antecipação dos recursos.

O desconto em produtos relacionados — por exemplo, ao comprar uma bolsa, o cliente ganhar um abatimento ao também levar uma carteira — é também uma boa tática. Mas, lembre-se: é importante que esse desconto seja real. Aqui, vale a pena aproveitar o cadastramento de clientes para que eles consumam mais vezes, ofertando descontos em uma segunda compra.

Outro procedimento válido é o “leve 3, pague 2” ou o “compre um e leve o segundo pela metade do preço”. Nesses casos, também é preciso criar um senso de urgência nos consumidores para que eles não adiem a compra. Por isso, estabeleça uma data de validade para a ação promocional.

Um bom plano direcionado ao canal online é o cupom de desconto. Aqui, é importante ter em mente que a comunicação enviada ao cliente não pode gerar dúvidas quanto às condições do uso do método — ou seja, você deve deixar claro se o desconto vale para toda a loja e se há valor mínimo de compra, além da data de validade.

O momento também é propício para investir em comunicação a fim de estimular os clientes ao consumo. Além de aproveitar a base de dados da loja, anúncios pagos e ações nas redes sociais também são bem-vindas.

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