Negócios
08/03/2016Dia da Mulher: segmentos do e-commerce esperam alta de até 40% nas vendas
Buquês de flores, chocolates e cosméticos lideram os pedidos
Data é uma oportunidade estratégica para alavancar as vendas no e-commerce
(Arte TUTU)
Por Deisy de Assis
O Dia Internacional da Mulher promete boas vendas para o comércio eletrônico. Alguns setores do varejo online, como o de flores, esperam faturar 40% mais que o registrado na data ano passado, quando o incremento na demanda já era constatado. Segundo especialistas da área de marketing, o dia é uma oportunidade estratégica para alavancar vendas.
“Nos últimos três anos, notamos um crescimento considerável nas vendas para essa data, sendo que em 2015, só no e-commerce, tivemos alta de aproximadamente 40% no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2014”, conta o CEO da Flores Online, Carlos Miranda. Segundo ele, as compras para o Dia da Mulher representam elevação de 70% se comparadas aos dias normais.
Outra empresa do segmento também tem boas perspectivas para a data. A Giuliana Flores espera repetir os 20% de incremento nas vendas observado no ano passado, com previsão de aproximadamente 15 mil produtos.
Os responsáveis por alavancar as vendas das companhias são os buquês de flores acompanhados de um ou mais mimos, como chocolates, cosméticos e pelúcia, sendo que o tíquete médio oscila entre R$ 140 e R$ 160.
Lingerie ganha espaço
Outro segmento que passou a considerar a data de forma especial no calendário de vendas foi o de lojas online de lingerie. No balcão virtual da Íntima Store, o diretor Jean Makdissi Jr. menciona que a celebração só perde, em volume de vendas, para Natal, Dia das Mães, Black Friday e Dia dos Namorados.
“Já constatamos alta de 20% nas vendas dessa data em 2015, comparando com 2014, e a previsão é que as vendas cresçam mais 20% neste ano”, destaca o diretor, que prevê tíquete médio de R$ 150. Além das lingeries em geral, peças como camisolas eshort doll são as mais procuradas.
Crescimento da data
Os números mostram que, ano a ano, o mercado online constata o crescimento da representatividade da data para o calendário de vendas. Para a Giuliana Flores, o Dia Internacional da Mulher já ultrapassou o Dia dos Namorados em volume de vendas.
“Consideramos essa a terceira data mais importante do ano, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães”, comenta o diretor de marketing da empresa, Juliano Souza.
Outra peculiaridade da data foi a observada pelo CEO da Flores Online sobre as demandas corporativas, que cresceram e mostraram uma migração das vendas. “Há alguns anos, o Dia da Secretária, que costumava gerar maior procura das empresas para presentar funcionárias, perdeu espaço, ao passo que o Dia da Mulher cresceu – também alavancado pela demanda das companhias”, explica Miranda.
Oportunidade
Para especialistas da área de marketing, não resta dúvida de que a data se tornou uma grande oportunidade de fechar bons negócios. A reviravolta não havia sido observada antes, porque o calendário do varejo sempre esteve focado em comemorações tradicionais como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia das Crianças e Natal.
A dica é apostar e desenvolver boa estratégia. “Um dos pontos fortes dessa celebração é o fato de se tratar de um dia de homenagem baseado em fatos históricos e na valorização da mulher na sociedade”, afirma o professor da Faculdade de Administração da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), José Sarkis Arakelian.
O especialista sugere que as campanhas do varejo ressaltem esse significado, contribuindo tanto para a valorização da data quanto para o incremento nas vendas.
Estratégia
De acordo com o professor do Núcleo de Varejo da Educação Executiva da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Ricardo Pastore, as ações estratégicas envolvem pesquisas de mercado e do comportamento do consumidor nessa data, além de engajamento com o cliente e foco na valorização da mulher, que é o verdadeiro sentido das homenagens.
“Como toda oportunidade para melhorar os negócios, é uma chance que deve ser levada a sério, com amparo de intenso planejamento estratégico para oferecer ao consumidor o que ele procura”, alerta o especialista.
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