Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Economia comportamental contribui para análises econômicas mais assertivas, analisa Sérgio Almeida

Em entrevista ao UM BRASIL, professor da Universidade de São Paulo comenta Prêmio Nobel de Economia de 2017

Ajustar texto A+A-

Economia comportamental contribui para análises econômicas mais assertivas, analisa Sérgio Almeida

“A ideia é melhorar a parte psicológica dos modelos, sob a crença de que, ao fazer isso, você vai melhorar sua capacidade preditiva”, afirma Almeida
(Arte/TUTU)

“O Prêmio Nobel para um trabalho sobre economia comportamental é uma confirmação de que a união de economia e psicologia está estabelecida”, afirma o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Sérgio Almeida. Em entrevista realizada pelo canal UM BRASIL em parceria com o site InfoMoney, ele conversa com Thiago Salomão (InfoMoney) e Érica Fraga (UM BRASIL) sobre o tema da pesquisa que rendeu ao americano Richard Thaler o Nobel da Economia em 2017.

Segundo o comitê da Academia Sueca que seleciona os premiados, Thaler explorou como racionalidade limitada, preferências sociais e falta de autocontrole afetam tanto as decisões individuais quanto os resultados do mercado. Para Almeida, investigações dessa área, denominada “economia comportamental”, buscam mensurar os limites da racionalidade dos agentes econômicos e contribuem para tornar as análises econômicas mais assertivas. “A ideia é melhorar a parte psicológica dos modelos, sob a crença de que, ao fazer isso, você vai melhorar sua capacidade preditiva”, afirma.

Veja também:
Daniel Bell discute meritocracia e experimentalismo chineses
“O Brasil é o mercado financeiro mais seguro do mundo, mas isso tem um custo”, diz Rodrigo Zeidan
“Temos de nos comportar como uma das dez maiores potências do mundo, não podemos subordinar nossos interesses”, afirma Hussein Kalout

“Até o fim da década de 1970, a teoria econômica se povoava com um indivíduo racional que tinha preferências estáveis, o ‘homo economicus’”, explica o professor da FEA-USP. Segundo ele, desde então surgiram questionamentos sobre as decisões humanas serem estritamente racionais. “A partir disso, os economistas começaram a questionar essa concepção.”

Economia comportamental, ele explica, é um “guarda-chuva” que abriga uma série de tópicos que usam elementos empíricos e teóricos já consolidados da área de psicologia, e os aplicam aos modelos econômicos.

“Essa junção não é algo mais visto como heterodoxo ou com viés subversivo, como talvez fosse no passado”, diz o professor. “A prova disso é que já foram concedidos Prêmios Nobel para a área, bem como a medalha John Bates Clark, da Associação Americana de Economia. Também há teses de doutorado saindo dos melhores departamentos da área sobre economia comportamental, e nos periódicos acadêmicos há regularmente trabalhos sobre o tema”, conclui.

Confira a entrevista completa:

Fechar (X)