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Economia

Economia e política andam juntas - uma não pode ir bem se a outra estiver desarrumada

Após um longo período de incerteza econômica e política, as mudanças recentes trouxeram expectativas de melhora ao País

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Economia e política andam juntas - uma não pode ir bem se a outra estiver desarrumada

Arte (TUTU)

A FecomercioSP foi a primeira entidade a identificar a virada positiva dos indicadores de confiança de empresários e consumidores. A única explicação para essa melhora de humor repentina é a mudança no ambiente político, que proporciona um sopro de esperança após mais de dois anos de crise – e crise de grandes proporções.

Nesse período, o País perdeu milhões de postos de trabalho, o que resultou em mais de 11 milhões de desempregados. Ao mesmo tempo, bilhões de dólares deixaram de ser investidos no Brasil, com a consequente recessão gerada nesse ambiente hostil ao emprego, ao investimento e à prosperidade.

Assim, após um longo período de incerteza econômica e política, as mudanças recentes trouxeram expectativas de melhora. Independentemente do viés ideológico, o fato é que houve aumento da governabilidade, e a aceitação da necessidade de restabelecimento do equilíbrio macroeconômico é praticamente unânime. Ou seja, há agora um rumo a ser seguido e articulação política para que as medidas necessárias sejam adotadas.

Diante desse novo cenário era esperado que o real fosse ter uma apreciação. E, de fato, a moeda brasileira se valorizou rapidamente. O dólar, que há poucos meses era cotado acima de R$ 4, está rondando a casa dos R$ 3,20. Esse é um dos efeitos do ganho de confiança, que não é somente interno. Com melhores perspectivas, o Brasil também vai atrair mais investimentos externos. Além disso, a balança comercial está dando resultados muito positivos e há um processo de repatriação de recursos que pode gerar uma entrada de bilhões de dólares no País.

Isso valoriza o câmbio, o que, por sua vez, abre espaço para a queda de juros, que pode ocorrer já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Do ponto de vista do investidor, o momento é de começar a mexer um pouco nas aplicações, após anos de concentração em renda fixa. Migrar gradativamente para ações e mesmo para aplicações em dólar é uma boa alternativa. Os aplicadores com recursos acima de R$ 50 mil podem destinar de 30% a 50% desse excedente para aplicações mais ousadas como essas, aproveitando a baixa da moeda americana – até porque o Banco Central deve reduzir os juros para não deixar o dólar cair mais – e comprar um pouco de ações.

No atual momento de equilíbrio fiscal as ações estão muito baratas. Esse cenário mais positivo está se concretizando e parece ser a hora de começar a fazer apostas mais ousadas. Vale lembrar que esse boletim tem sido muito conservador, por realmente entender que não havia chegado o momento de ousadias com o dinheiro diante de um ambiente muito hostil, que agora se dissipa lentamente.

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