Economia
25/09/2017Economia reúne dados que sinalizam o fim da crise
Setores como comércio, serviços e indústria têm registrado crescimento, e mercado de trabalho mostra recuperação
Após queda da inflação e redução dos juros, economia apresenta números positivos em diversas áreas
(ARTE/TUTU)
Enquanto a política passa por um período turbulento, a economia segue seu próprio rumo e reúne uma série de variáveis que indica que o País está saindo da maior recessão de sua história.
Até o fim do primeiro semestre deste ano, a queda da inflação e a redução dos juros eram os principais indicadores que os analistas usavam para sinalizar a melhora da economia brasileira. Contudo, ao longo de agosto e início de setembro foram divulgados dados importantes que mostram a recuperação em mais setores que agregam os indicadores anteriores.
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O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre registrou alta de 0,3% em relação ao mesmo período de 2016, a primeira variação positiva nesse tipo de comparação após 12 trimestres consecutivos de retração. Com participação de 73,3% no PIB, o setor de serviços cresceu 0,6% entre abril e junho, na comparação com o primeiro semestre do ano. Outro dado positivo, na mesma base comparativa, é o do consumo das famílias, que, após estabilidade nos primeiros três meses do ano, teve alta de 1,4% no segundo trimestre.
Setores específicos também têm apresentado resultados interessantes. A produção da indústria cresceu 2,5% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado e acumulou alta de quase 1% no ano. Além disso, 17 das 26 atividades industriais registraram dado positivo, sinalizando dispersão do aumento de produção.
No varejo, a Pesquisa Mensal do Comércio mostrou que o setor cresceu 4,4% em junho frente ao mesmo mês de 2016. No acumulado do ano, o comércio varejista passou de uma contração (-0,5%) para alta de 0,3%. Ainda em junho, todos os segmentos do comércio analisados pela pesquisa tiveram crescimento nas vendas na comparação interanual.
O mercado de trabalho também apresenta números positivos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), braço do Ministério do Trabalho e Emprego, seis dos nove grupos de atividades registraram mais admitidos do que demitidos em julho – o comércio apontou pouco mais de 10 mil novos contratos com carteira assinada, enquanto o setor de serviços criou 7,7 mil novos empregos formais.
Portanto, a recuperação da economia, que parecia estar mais restrita à inflação e aos juros, agora se mostra por diversas atividades, incluindo o mercado de trabalho, o mais esperado. Dessa forma, pode-se afirmar que, com esse conjunto de indicadores positivos, o País entrou novamente nos trilhos da retomada do crescimento.
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