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Economia

EconoMix Digital nº 100

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EconoMix Digital nº 100

ABASTECIMENTO
Varejo competitivo

O desafio da negociação com fornecedores 
Um bom acordo pode resultar em importante ganho no momento de fixação dos preços das mercadorias


O setor varejista está em constante evolução e enfrenta diversos desafios para atender a demanda de consumidores cada vez mais exigentes. O processo contínuo de atrair e conquistar clientes exige uma estrutura de oferta de produtos eficaz e dinâmica.  Nesse cenário, um dos principais desafios é o do abastecimento, que passa necessariamente pela negociação com os fornecedores. 

Oferecer produtos diversificados, de boa qualidade e a um preço competitivo é uma tarefa que exige estudos apurados de logística e planejamento. É necessária uma sólida estratégia de abastecimento, alinhada a uma política adequada de formação de preços, para obter aumento no lucro da empresa. A boa negociação com os fornecedores, portanto, pode resultar em importante ganho competitivo no momento de definição do preço das mercadorias. 

A negociação pode ser realizada diretamente com o fornecedor (indústria) ou por intermédio do distribuidor (atacadista), mas a existência do distribuidor simplifica as relações comerciais. Sem a figura do intermediário na transação, seria necessário que o fabricante mantivesse uma estrutura capaz de promover o escoamento de toda a sua produção de forma rápida, eficiente e contando com todos os recursos logísticos hoje utilizados pelo setor atacadista. 

Em relação aos prazos concedidos pelos fornecedores, sejam eles indústrias ou atacadistas, variam de acordo com as respectivas políticas comerciais. Em média, no Brasil, esses prazos variam em torno de 30 dias. Nos últimos anos, mesmo com a inflação controlada, os prazos negociados não sofreram grandes alterações. 

Em uma negociação, o importante é identificar e calcular todas as possibilidades e suas consequências. E, a partir desse elenco de variáveis, planejar as ações a fim de evitar situações embaraçosas, que exijam, por exemplo, a tomada de financiamento para cobrir situações nas quais o cliente não pagou ainda e o fornecedor já recebeu. Confira abaixo algumas táticas simples que devem ser usadas para prevenir problemas durante a negociação com os fornecedores:


- Analise sua estratégia antes da negociação;

- Procure ouvir a proposta completa, com interesse;

- Destaque seus pontos positivos, como por exemplo, a sua fidelização ao fornecedor e sua pontualidade nos pagamentos;

- Argumente sobre o seu prazo de recebimento junto aos seus clientes e exponha suas dificuldades em relação ao descasamento de datas;

- Facilite o entendimento de sua proposta e dê exemplos;

- Demonstre o quanto sua empresa pagou a este fornecedor nos últimos tempos;

- Mantenha a calma e a serenidade, sempre valorizando a relação comercial;

- Sinalize seus limites e possibilidades;

- Faça sua oferta final.


 

VEÍCULOS
Usados valorizados


Comércio de carros seminovos registra crescimento em 2014
Relação entre o número de usados vendidos para cada novo voltou à média histórica de três por um


De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no acumulado de 2014, a venda de veículos seminovos apresentou um crescimento de 5,03% em comparação como o mesmo período do ano passado. Já as vendas dos novos apresentam resultado inverso, com queda de 4,54%. O quadro remete a uma situação que não era vista desde 2007: a relação entre o número de carros usados  vendidos para cada novo voltou à média histórica de três por um.


Para a economia, o aquecimento desse setor é favorável, uma vez que torna o preço do veículo usado, mais acessível à classe de renda mais baixa, além de movimentar o segmento de usados que até então apresentava estagnação. Nos últimos anos, o aumento da oferta de crédito e a isenção de impostos (basicamente o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI) ao setor automobilístico, incentivaram a compra do carro novo, cenário que se inverteu no início de 2014. 

Com restrições ao crédito, fim progressivo do IPI, e a exigência de medidas para melhorar a segurança dos veículos no País, como a Resolução nº 311/2009 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) --- que obrigou a inclusão de airbag e freio ABS em todos os veículos produzidos a partir de 01 de janeiro ---, o preço final do “carro zero” acabou ficando caro para o consumidor. E, encerrado o período das grandes promoções, com o fim dos estoques produzidos no passado, o que se viu foi a volta da procura pelos veículos seminovos.



 

IPCA-15
Inflação menor 


Inflação desacelera na primeira quinzena de maio 
Redução sofreu influência direta do grupo Alimentação e Bebidas


Divulgado no dia 21/5, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA – 15) demonstrou uma desaceleração da inflação em relação à taxa anterior: a alta foi de 0,58% contra o 0,78% verificada em abril (uma variação de 0,20 p.p.). O IPCA é o indicador oficial da inflação, medido pelo IBGE, e o IPCA-15 estima o resultado de inflação para os primeiros 15 dias do mês. Seu resultado costuma ser uma prévia da inflação mensal. 

A redução da inflação apontada no IPCA-15 é importante para o andamento da economia e colabora com a melhora dos indicadores macroeconômicos no decorrer do ano. Entre os grupos que contribuíram para o resultado do mês de maio, o de Alimentação e Bebidas apresentou menor ritmo de crescimento, foi de 1,84% em abril para 0,88% em maio. A redução demonstrou que os preços dos alimentos tendem a ficar mais baratos nos próximos meses, contribuindo para que a inflação oficial diminua e possa convergir para o centro da meta. 

Somente a redução do preço dos alimentos, porém, não é suficiente para que a inflação se mantenha em patamares mais baixos. Em abril, por exemplo, a alta dos preços foi impactada principalmente pelos alimentos, que apresentaram crescimento de 1,19% em relação a março. Portanto, é importante que o governo cumpra a meta fiscal fixada no início do ano. Gastos acima do previsto pressionam ainda mais os índices inflacionários, afetando diretamente o consumidor de baixa renda, que sente os efeitos da inflação no orçamento familiar antes do que as famílias de alta renda.


O menor impacto dos alimentos já era previsto para maio, pois no primeiro quadrimestre do ano os preços foram impactados pela falta de chuvas. Ou seja, a inflação dos alimentos é sazonal e, passado esse período, a tendência é de um abrandamento nos preços, conforme registrou o IPCA – 15 de maio. Contribuiu para a redução do índice, a queda no item Transportes, com deflação de 0,33% após uma alta de 0,54% registrada em abril. O movimento se deve, sobretudo, à queda nos preços das tarifas aéreas. 

Entre as altas, a pesquisa do IBGE destaca as ocorridas no item Habitação, de 0,58% em abril para 1,19% em maio (impactada pelo aumento nas tarifas de energia elétrica, que teve uma alta de 3,76%) e no item Saúde e Cuidados Pessoais, que saiu de 0,69% em abril para 1,20% em maio (afetado pelo aumento de 2,10% nos medicamentos). O fato é que a inflação no Brasil tem apresentado resultados preocupantes, principalmente no último ano. A meta de inflação estipulada pelo governo é de 4,5% a.a., com possibilidade de 2 p.p. para cima ou para abaixo. 

Seguidas vezes, a meta fica muito próxima de ultrapassar o teto de 6,5%. A inflação de abril ficou em 6,28%. E, este resultado parcial de maio contribuiu para que a taxa acumulada dos primeiros cinco meses do ano chegasse a 3,51%, acima da taxa de 3,06% relativa ao mesmo período de 2013.



TERMÔMETRO
 

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