Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Imprensa

Eletrodomésticos e Eletrônicos puxam queda do faturamento do varejo no litoral paulista em junho

Ajustar texto A+A-

São Paulo, 10 de setembro de 2014 - O comércio varejista do litoral paulista registrou queda no faturamento de junho, chegando ao valor de R$ 1,31 bilhão. O número é 9,1% inferior ao contabilizado no mesmo mês de 2013. Em relação a maio deste ano, a retração é de 8,4%; no acumulado do ano, o recuo é de 1,8%.

O destaque negativo entre as 10 atividades pesquisadas ficou por conta das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, que tiveram queda significativa de 62,2%. Somente três dos dez segmentos apresentaram alta em junho em relação a igual mês do ano passado: farmácias e perfumarias (+ 8,5%), lojas de departamentos (+ 9,9%) e lojas de móveis e decoração, com expressivo avanço de 23%. 

Os dados constam da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O levantamento não é uma pesquisa por amostragem. Ele reflete o faturamento efetivo do varejo segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

O maior faturamento foi verificado no setor de supermercados, que obteve receita de R$ 477,4 milhões em junho (- 2%). Em segundo lugar, aparecem outras atividades, onde se encaixam os postos de combustíveis, que, juntas, faturaram R$ 252,9 milhões (- 2,9%). Em seguida, vêm as concessionárias de veículos, com faturamento de R$ 161,3 milhões e forte queda de 24,9%.

As farmácias e perfumarias faturaram R$ 110,3 milhões (+ 8,5%), as lojas de vestuário, tecidos e calçados tiveram receita de R$ 98,6 milhões (- 0,6%) e o segmento materiais de construção faturou R$ 97 milhões (- 10,7%). A receita das lojas de departamentos foi de R$ 50,2 milhões, com alta de 9,9%. As lojas de eletrodomésticos e eletrônicos registraram faturamento de R$ 36,7 milhões (- 62,2%); a atividade de autopeças e acessórios obteve R$ 21,1 milhões; e as lojas de móveis e decoração, R$ 4,5 milhões (+ 23%).

Desempenho estadual
As vendas do varejo no Estado de São Paulo atingiram R$ 39,4 bilhões em junho, com perda de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a quarta e mais aguda queda mensal consecutiva neste ano. Com o recuo de junho, o faturamento acumulado do comércio no ano deixou de registrar crescimento em relação ao mesmo período do ano passado. 

Os dados constam da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O levantamento não é uma pesquisa por amostragem. Ele reflete o faturamento efetivo do varejo segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz).

A exemplo de outros meses, as vendas nas concessionárias de veículos (-28,2%) e nas lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-20,2%) contribuíram fortemente para o resultado negativo. Também foi registrado recuo de faturamento nas lojas de materiais de construção (-17,4%), nas lojas de vestuário, tecidos e calçados (-10%), de autopeças e acessórios (-3,8%) e de móveis e decoração (-2,7%).

Mais uma vez, as farmácias e perfumarias, com o aumento de 5,8% em suas vendas, apresentaram o maior crescimento. O setor de “outras atividades”, onde é preponderante a participação da venda de combustíveis e lubrificantes, cresceu apenas 0,4% em junho. O segmento de supermercados foi o que mais contribuiu para atenuar a queda mensal do comércio geral ao manter sua trajetória positiva no ano, novamente com aumento mensal de 2,9%. 

O resultado do semestre confirma as projeções da FecomercioSP divulgadas no final de 2013 de que este ano o setor encontraria dificuldades até mesmo para igualar o volume de receita registrado no ano passado. O crescimento nulo apurado nesses seis meses mostra nítida tendência de enfraquecimento no consumo.

Enfatizando a generalização da queda observada em junho, apurou-se recuo de vendas em 14 das 16 regiões pesquisadas no Estado, sendo que em seis delas as retrações foram maiores do que a média estadual: Guarulhos (-14,3%), ABCD (-13%), Capital (-11,6%), Ribeirão Preto (-9,7%), Litoral (- 9,1%) e São José do Rio Preto (- 7,6%). 

Segundo economistas da FecomercioSP, a gradativa e sistemática deterioração nos índices de desempenho varejista no Estado de São Paulo é consequência direta da insegurança e instabilidade geradas pelos principais indicadores econômicos, que claramente contaminam a confiança dos consumidores.

Nota metodológica 
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de departamentos; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. 

Fechar (X)