Negócios
10/12/2018Em alta, comércio eletrônico impõe novo modelo de negócios para empresas varejistas
Vendas online devem somar R$ 53,4 bilhões em 2018, montante 12% superior ao do ano passado
Dados mostram que há mais pessoas utilizando o e-commerce para adquirir bens e serviços
(Arte/Tutu)
Não é preciso ser especialista para perceber que novos padrões de consumo estão transformando o comércio. Com isso, o empresário não pode ignorar o potencial do comércio eletrônico como fonte de receita de seu empreendimento.
O volume de vendas pela internet ainda é pequeno comparado ao efetuado em lojas físicas. A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Ebit/Nielsen, mostra que o varejo online representa 2,5% do total comercializado em território paulista. Contudo, outros dados permitem observar que a tendência para o segmento é de alta.
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No Brasil, o comércio eletrônico faturou R$ 23,6 bilhões no primeiro semestre deste ano, alta de 12,1% em comparação ao registrado no mesmo período de 2017. Nesse tempo, o número de pedidos cresceu 8%, atingindo 54,4 milhões, e o tíquete médio aumentou 3,8%, chegando a R$ 433, de acordo com o 38º Relatório Webshoppers, produzido pela Ebit/Nielsen.
A expectativa, segundo o estudo, é de que as vendas online somem R$ 53,4 bilhões neste ano, volume que indica alta de 12% sobre o ano anterior.
Um ponto importante é que, no primeiro semestre de 2018, aproximadamente 27,4 milhões de consumidores fizeram pelo menos uma compra pela internet. O número é 7,6% superior ao registrado no mesmo período de 2017. Ou seja, há mais pessoas utilizando o e-commerce para adquirir bens e serviços.
O aumento de consumidores nas plataformas digitais está correlacionado ao crescimento do acesso à internet proporcionado pela expansão do uso de smartphones. Ainda de acordo com a edição mais recente do relatório, 32% das transações virtuais realizadas na primeira metade de 2018 foram efetuadas por meio de dispositivos móveis.
Vale destacar que, ainda que nascente, o setor já tem uma data marcante: a Black Friday, cujas vendas cresceram 10% no ano passado e são 15 vezes mais elevadas do que em uma sexta-feira comum.
Esses dados não podem ser negligenciados pelas empresas varejistas. Se as pessoas usam o WhatsApp, o LinkedIn, o Facebook, o Twitter, o YouTube, o Snapchat, entre outras ferramentas digitais, deve-se pensar em formas de ofertar bens e serviços por meio dessas plataformas.
O olhar cuidadoso ao ambiente que nos cerca está na essência da atividade comercial. As vendas virtuais não são uma promessa, mas uma realidade que o varejo não pode ignorar.
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