Reciclar embalagens longa vida não é uma tarefa fácil. Isso porque o material é composto por papel, plástico e alumínio, sendo difícil encontrar o destino correto para o resíduo. Apesar dos obstáculos, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de São Paulo, desenvolveu uma tecnologia capaz de separar os componentes. Com a solução, a empresa Eco-Lógica, do Distrito Federal, encontrou a chave para dar uma nova utilidade criativa para os resíduos: fabricar telhas e placas feitas com os componentes das embalagens.
 
Há um ano e meio no mercado, a empresa oferece aos consumidores uma opção ante as telhas de amianto, proibidas em alguns países. A telha produzida mede 2,20m x 90 cm e tem as mesmas ondulações do concorrente. Uma unidade custa R$ 35 e, segundo o fabricante, é mais fácil de ser colocada por ser leve e não se quebrar. Além disso, a telha promove conforto térmico ao reduzir o calor em 50%, tem durabilidade de 30 anos, é antirruído, resistente à chuva de granizo e antichama.
 
As telhas de embalagens longa vida, além de serem produzidas a partir da reciclagem, também ganham destino ecológico ao final da vida útil. Segundo a Eco-Lógica, a telha velha vira telha nova, podendo ser reutilizada várias vezes. Para fabricar uma unidade, são necessárias 1,5 mil caixas longa vida. Para isso, a empresa conta com fornecimento da Tetra Pak.
 
A Eco-Lógica começou a operação vendendo 20 telhas por semana, mas já alcançou o número de 50 unidades por dia. A meta da empresa é produzir 100 telhas por dia nos próximos meses.
 
Fonte: EcoD