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Imprensa

Empresariado paulista fica mais confiante no segundo semestre, mas ainda distante de otimismo de 2019

Índice de Confiança do Empresário (ICEC), da FecomercioSP, terminará o ano com pontuação 17,7% menor que a de 2019; Entidade orienta empresários para gestão de estoque, contratações e investimentos em 2021

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Apesar de estar em linha ascendente desde junho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) vai fechar o ano com um patamar médio 17,7% inferior ao registrado no ano passado. Em 2019, a pontuação média foi de 118,8 pontos, enquanto agora ela será de 97,8.
 
O indicador vai fechar o mês de dezembro a 102,6 pontos, segundo relatório divulgado hoje pela Entidade – no mesmo mês de 2019, ele estava em 122,1.
 
O resultado do fim do ano pode ser até comemorado, já que, em um ano pouco linear em termos econômicos, a retomada da confiança dos empresários se manteve em alta durante todo o segundo semestre – mesmo em um contexto que ainda não conseguiu repor as perdas do primeiro período do ano, que variaram entre 40% e 50%.
 
Em junho, o ICEC teve um dos piores resultados da série histórica, quando ficou nos 61 pontos, queda de 35% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em maio, a marca dos 93,8 pontos já significava uma retração de 21% em comparação com o resultado de maio de 2019. No entanto, o desempenho voltou a ser positivo a partir de julho: o melhor deles foi em setembro, quando o índice atingiu 74,8 pontos – crescimento de 14,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC)

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Os dados são corroborados por outro indicador da FecomercioSP, que mensura a propensão dos empresários em investir e empregar: o Índice de Expansão do Comércio (IEC), cujo patamar médio em 2020 será 16,1% menor do que o do ano passado. A pontuação média deste ano foi se 90,2 pontos, enquanto em 2019 ficou em 107,5.
 
O IEC fechará o mês de dezembro aos 101,1 pontos – o primeiro resultado de três dígitos desde abril. O pior patamar do ano foi em julho, quando ficou nos 62,5 pontos. Da mesma forma que o ICEC, os desempenhos mais baixos aconteceram no final do primeiro semestre, quando as retrações chegaram à casa dos 28% (em junho). Porém, desde agosto o indicador só cresce: neste caso, o melhor resultado foi em outubro, quando a variação foi para cima em 16,6% (88,4 pontos).

ÍNDICE DE EXPANSÃO DO COMÉRCIO (IEC)

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Como entrar em 2021
Diante dos dados de 2020, a FecomercioSP orienta os empresários que se debrucem sobre três pilares do planejamento do próximo ano: os estoques, as contratações e os investimentos físicos, nessa ordem.
 
O primeiro deles, os estoques, é o mais importante porque é o que pode representar prejuízos graves em um cenário incerto como o que ainda se vive. Por um lado, o fim do auxílio emergencial em dezembro, os ajustes na política fiscal e a desconfiança das famílias diante do consumo devem fazer com o comércio enfrente um primeiro trimestre mais magro do que o deste ano. Por outro, no entanto, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o desempenho do fim de ano são alentos para o setor.
 
Assim, a orientação é preparar os estoques levando em conta que o ano que vem será de recuperação. Isso passa por planejar com acuidade o fluxo de mercadorias, o volume dos estoques e observar de perto a dinâmica das vendas a partir de janeiro, além de buscar formas alternativas de faturamento, como elaborar promoções para produtos estocados a muito tempo ou estratégias de venda cruzada.
 
O Índice de Estoques (IE), assim como os outros dois indicadores, fechará o ano de 2020 com um patamar médio 10,3% inferior ao de 2019, fechando o ano na média dos 107,2 pontos – foi de 119,5 na comparação com o ano passado.

ÍNDICE DE ESTOQUE (IE)

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Quanto às contratações, a FecomercioSP entende que o ritmo de recuperação de vagas formais deve crescer no ano que vem, mas só a partir do segundo trimestre. Já sobre os investimentos físicos, a perspectiva é mais positiva: a retomada econômica pode ser favorecida por taxas de juros mais baixas, um volume de liquidez ainda maior e ainda conviver com uma possível revisão da política fiscal.

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