Economia
12/09/2018Empresário do município de São Paulo precisa manter cautela nas decisões de investir e contratar
Otimismo das grandes empresas sobe em agosto, mas a confiança das empresas com até 50 empregados volta ao patamar de pessimismo
Indicado é aguardar um quadro político mais definido para o País na próxima legislatura para desengavetar projetos
(Arte: TUTU)
É aconselhável que o empresário do comércio do município de São Paulo mantenha a cautela nas decisões de investir e contratar até que as eleições mostrem um quadro político mais definido para o País no ano de 2019 e na próxima legislatura. A decisão nas urnas vai influenciar fortemente as decisões econômicas e pessoais dos consumidores, e, com isso, os empresários tendem a desengavetar seus projetos.
Além das incertezas políticas e da lenta retomada na economia, a paralisação dos caminhoneiros, ocorrida entre maio e junho, ainda deixa alguns resíduos negativos sobre a opinião dos empresários.
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Como reflexo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (ICEC) registrou queda pelo quinto mês consecutivo (-1,7%) e atingiu 100,4 pontos em agosto – aproximando-se da área limite que separa o otimismo do pessimismo numa escala que varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). A análise é feita mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No mês, os três quesitos que compõem o indicador tiveram queda: o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) sofreu a maior retração, (-6,4%) e passou para 70,4 pontos. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) atingiu 140,5 pontos, com leve queda de 0,2%, e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) chegou aos atuais 90,3 pontos, com redução de 0,3%.
Em comparação com agosto do ano passado, o ICEC caiu 4,5%. É a segunda queda consecutiva interanual, algo que não ocorria há mais de um ano.
Empresas por porte
Na segmentação por porte, a confiança das empresas com até 50 empregados teve queda de 1,9% e chegou a 99,8 pontos, voltando ao patamar de pessimismo. Já o ICEC para as empresas com mais de 50 empregados voltou a crescer (3,8%), atingindo 127,3 pontos – ante os 122,6 pontos do mês passado.
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