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Negócios

Empresários do turismo esperam crescimento em 2018 e indicam os entraves do setor

Sondagem realizada pelo Conselho de Turismo da FecomercioSP em conjunto com o Panrotas indica que 91,7% esperam melhores resultados neste ano

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Empresários do turismo esperam crescimento em 2018 e indicam os entraves do setor

O mapeamento, feito durante o Fórum Panrotas, conta com os 1,25 mil participantes e representa diferentes segmentos da atividade
(Arte: TUTU)

O setor de Turismo está otimista com a retomada da atividade no País, haja vista que é um dos primeiros segmentos a recuar em momentos de crise e cuja recuperação é mais lenta em relação aos demais. Uma sondagem realizada pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em conjunto com o Panrotas mostra que 91,7% esperam um crescimento no setor em relação ao ano anterior, sendo que 54,8% projetaram um aumento acima de 5%, e 36,9%, o crescimento até 5%. Os mais conservadores representaram 7,2%, indicando estabilidade, e apenas 1,2% apontaram uma retração.

O mapeamento, feito durante o Fórum Panrotas, realizado nos dias 19 e 20 de março em São Paulo, com os 1,25 mil participantes, representou diferentes segmentos da atividade.

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Em relação à área de atuação, os empresários estão ainda mais otimistas – 94,3% afirmaram acreditar em crescimento de seus negócios, sendo que a expectativa para uma alta acima de 5% é 71,1% e 23,2% acreditam em um crescimento de até 5%. Em torno de 4,9% disseram acreditar em uma estabilidade, e a retração foi a resposta de apenas 0,8% dos entrevistados.

Sobre o motivo que mais dificulta o desenvolvimento do turismo brasileiro, a sondagem mostra que 29,7% dos presentes responderam que a carga tributária é um dos grandes entraves; 25,5% afirmaram que a classe política desconhece a importância do setor; 12,5% indicaram que a desgastada imagem do Brasil no exterior é um complicador. Enquanto 10,6% entenderam ser a corrupção um grande problema, seguidos de 7,2%, que responsabilizaram a baixa qualificação de mão de obra e 6,1% dizem ser a violência o maior desafio a ser superado.

A presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, destaca que "o empresariado do turismo viveu quatro difíceis anos, e está apostando muito na recuperação da economia, especialmente nas viagens de negócios e eventos, e este otimismo ficou evidente nesta sondagem".

Para Mariana, há uma insatisfação com a falta de atuação clara e direcionada da classe política na defesa dos interesses do setor por meio da desoneração, como também o distanciamento da realidade e a inadequação dos projetos que pouco afetam o setor. "Alguns políticos falam e votam projetos que muitas vezes prejudicam o ambiente de negócios na área, por não entenderem o setor de turismo e basearem seus projetos em noções do senso comum. A atividade é complexa, muito relevante para um país desigual como o nosso, porém, precisamos de mais envolvimento político nas causas corretas", afirma.

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