Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Empresários estão mais pessimistas com cenário econômico, apontam pesquisas da FecomercioSP

ICEC sobe 1,8% em maio, mas continua abaixo da linha do otimismo; IEC registra sexta queda consecutiva

Ajustar texto A+A-

Empresários estão mais pessimistas com cenário econômico, apontam pesquisas da FecomercioSP
O dia a dia das empresas ainda é de muita dificuldade, com margens apertadas, crédito caro, empréstimos contraídos durante a pandemia, entre outros fatores que afetam a rentabilidade e a lucratividade (Arte: TUTU)

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) na capital paulista, apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), registrou 99,4 pontos em maio — subindo 1,8% em relação ao mês anterior, porém permanecendo na zona de pessimismo (abaixo dos 100 pontos) [gráfico 1]. No comparativo anual, o indicador recuou 7,9%. 

[GRÁFICO 1]

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC)

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP

Gráfico

O motivador da alta no indicador, no mês de maio (o ICEC é composto por três subíndices), foi a melhoria da percepção em relação ao futuro. Após ter registrado quatro quedas seguidas entre os meses de dezembro e março — um recuo de 15,3% — o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) apontou uma leve reação em abril, e no mês seguinte, subiu 4,5%, atingindo 129 pontos. É o componente de melhor avaliação dentro do ICEC e o único na zona de otimismo (acima de 100 pontos), ainda que no comparativo anual tenha registrado uma queda de 8%. 

Os outros dois componentes do índice ficaram praticamente estáveis em maio. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que mede a percepção dos empresários quanto ao momento atual, atingiu 71,6 pontos — a menor pontuação desde julho de 2021, um leve recuo de 0,2% em comparação com o mês passado, revelando desconfiança e pessimismo. 

Em relação a maio do ano passado, a queda foi de 11,8%. Além disso, preocupa a velocidade de deterioração do indicador, já que, entre janeiro e maio, o ICAEC recuou 14,3% [gráfico 2]. Por fim, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) permaneceu em 97,7 pontos no quinto mês do ano, queda de 4,5% em relação ao mesmo período de 2024.

[GRÁFICO 2]

COMPONENTES DO ICEC

Série Histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP
Chart

Assim, após cinco quedas seguidas, o ICEC esboçou uma reação em maio, estimulado pelas expectativas, ou seja, o empresário aumentou a confiança quanto ao futuro, mas a percepção sobre o momento atual ainda é negativa e a sua propensão a realizar novos investimentos, baixa.

A FecomercioSP já vinha alertando nos últimos meses que, embora as vendas estivessem apresentando bons resultados, o dia a dia das empresas ainda é de muita dificuldade, com margens apertadas, crédito caro, empréstimos contraídos durante a pandemia (que ainda estão sendo pagos), entre outros fatores que afetam a rentabilidade e a lucratividade — e os dados de negócios em recuperação judicial ou que faliram evidenciam esse contexto difícil.

Postura cautelosa dos empresários

Já o Índice de Expansão do Comércio (IEC), por sua vez, caiu pelo sexto mês consecutivo, registrando 99,2 pontos, também refletindo a baixa propensão dos empresários a investirem; no comparativo anual, caiu 6% [gráfico 3]. O índice também varia de 0 (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

[GRÁFICO 3]

ÍNDICE DE EXPANSÃO DO COMÉRCIO (IEC)

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP

Chart

O IEC é composto pelo Índice de Expectativa para Contratação de Funcionários (ECF), que se manteve estável (111,4 pontos) mesmo com a proximidade de datas comemorativas importantes para o varejo. 

O Índice de Nível de Investimento das Empresas (NIE) registrou queda pelo sexto mês consecutivo, chegando a 87 pontos — uma retração de 2,5% em comparação com abril. Esse resultado reforça o clima de pessimismo referente a investimentos em máquinas, equipamentos, reformas, abertura de lojas, entre outros. Trata-se do menor patamar desde setembro de 2021. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 6,8%.

Frente a uma conjuntura de juros altos, inflação acima do teto da meta, incertezas em relação à política econômica, entre outros fatores, há uma desaceleração do ritmo de vendas em curso, afetando a confiança dos empresários. Essa desaceleração deve se intensificar no segundo semestre. Por isso, a FecomercioSP sugere cautela com a formação de estoques e a realização de novos investimentos. 

Inscreva-se para receber a newsletter e conteúdos relacionados

* Veja como nós tratamos os seus dados pessoais em nosso Aviso Externo de Privacidade.
Fechar (X)