Economia
31/10/2023Otimismo do empresariado se recupera, mas segue abaixo do patamar de 2022
Índice de perspectivas da FecomercioSP apresenta alta há cinco meses; dados ainda mostram, porém, que contexto atual é pior do que um ano atrás
O otimismo do empresariado da capital paulista segue em alta. Em outubro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), cresceu 1,4% em relação a setembro, passando de 110,2 para 111,7 pontos. De junho até outubro, a expansão do indicador já é de 7%. Essa pontuação foi o melhor resultado desde janeiro, quando o ICEC chegou à casa dos 114 pontos [gráfico 1].
No entendimento da Entidade, dentre os fatores que contribuíram para o resultado estão a queda da inflação, que melhora o poder de compra dos consumidores, e a redução dos juros, que facilita a concessão de crédito e sinaliza um avanço nas condições para a recuperação dos investimentos.
[GRÁFICO 1]
ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC)
Série histórica (12 meses)
Fonte: FecomercioSP
Isso se vê por meio dos números que conformam a pesquisa: o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede o quanto os players do setor estão dispostos a injetar recursos nos negócios, por exemplo, também avançou, passando de 101,7 para 103,1 pontos. Em outras palavras, os dados indicam uma melhora consistente no ímpeto do empresariado em investir nas próprias empresas.
O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apontou alta ainda mais significativa: de 86,9 pontos, em setembro, para 89,5, em outubro — outra sinalização inequívoca do bom momento. O Índice de Expansão do Comércio (IEC), por sua vez, que indica o crescimento do comércio como um todo, foi de 107,2 pontos, em setembro, para 108,2 pontos, em outubro, com uma expansão de 1%.
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No entanto, apesar das altas relevantes, todos os indicadores sofreram uma queda significativa em relação a outubro do ano passado, às vésperas da eleição: o ICEC caiu 8,8%, o ICAEC, em 15,6%. Além do IEEC (-6,8%) e do IIEC (-4,9%), que também apontaram quedas. Já o Nível de Investimento das Empresas avançou 2,3% em setembro, passando de 95 para 97,2 pontos, mas também segue 23,8% menor na comparação anual.
Estoques
Os empresários também seguem receosos quanto aos estoques para o fim de ano. O índice de Estoques (IE) recuou 0,7%, ao passar de 117 pontos, em setembro, para 116,2 pontos, em outubro. No entanto, em comparação a outubro do ano passado, o indicador subiu 1,8%. Ainda assim, a proporção dos empresários que relatam estoques adequados segue maior do que os que relatam inadequação: 57,8% contra 41,6%, respectivamente.
Segundo a FecomercioSP, a gestão de estoque se torna ainda mais importante para a administração do fluxo de caixa nessa época. A dica é ajustar investimentos, vendas e compras com fornecedores e equilibrar com o caixa da empresa. Para isso, é importante se atentar às programações de compras e à formação dos estoques, uma vez que comprar em excesso ou faltar mercadorias pode gerar frustrações e eventuais aumentos de custos, prejudicando o planejamento financeiro da empresa. O planejamento da logística também é fundamental para não deixar faltar produto e, ao mesmo tempo, para que itens perecíveis não sejam perdidos ou fiquem parados no estoque.
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