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Economia

Empresas podem trazer mais retorno do que títulos públicos no longo prazo

Investidor deve rever as estratégias de aplicação financeira com a recuperação da economia do País

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Empresas podem trazer mais retorno do que títulos públicos no longo prazo

No longo prazo, investidor deverá apostar mais em ações do que em renda fixa
(TUTU)

Com as mudanças que têm ocorrido no País - envolvendo a recomposição da base de apoio ao governo, os desdobramentos da Operação Lava Jato e as reformas na economia, que tem dado sinais de recuperação -, as estratégias de investimento de curto e longo prazo devem ser revistas

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Atualmente, como a taxa básica de juros (Selic) ainda está bastante elevada, em 12,25% ao ano, e a inflação segue em queda, as aplicações em renda fixa permanecem atrativas, principalmente no curto prazo. Por exemplo, a Selic faz com que CDBs (Certificado de Depósito Bancário) rendam cerca de 5% líquidos acima da inflação, o que é muito atraente. Contudo, a tendência é de que os rendimentos nominal e real (descontada a inflação) continuem a cair gradativamente.

Recentemente, o País viu uma recuperação excepcional do valor das empresas, o que fez o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo, subir de 40 mil pontos para 65 mil pontos em pouco mais de seis meses. Se a forte alta pode, por um lado, afastar momentaneamente novos investidores, por outro é possível perceber que o indicador ainda está muito abaixo de seu potencial, principalmente se de fato as mudanças em curso se consolidarem.

Dessa maneira, o investidor deverá apostar mais em ações do que em renda fixa. Essa é a regra que deve prevalecer, mas que nunca valeu no Brasil no longo prazo. Essa mudança deve ocorrer em função do início de um ciclo de racionalidade na economia, em que as empresas geram mais caixa e retorno do que aplicações em títulos públicos. Irracional é apostar em títulos em detrimento da atividade econômica como estratégia de longo prazo.

Esse é um dos maiores problemas da economia brasileira: empresas geram menos valor do que títulos públicos. O efeito disso é a explosão da dívida pública, redução dos investimentos em capital fixo, menor geração de empregos e renda.

Diante desse novo quadro o ideal é que poupadores mantenham ainda parte relevante de suas aplicações em renda fixa, mas, gradativamente, comecem a experimentar aplicações (diversificadas) em renda variável. Quem não tem experiência deve consultar seu gerente de banco ou uma corretora de sua confiança. Diversificar os investimentos é um bom começo.

Se a mudança sobre o crescimento da economia do País se consolidar, ao longo dos próximos anos as empresas vão render mais dividendos e retorno do que aplicações em renda fixa. Somente dessa maneira o Brasil vai financiar novos investimentos e aumentar sua poupança interna.

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